
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso da bebê Ana Beatriz, mas segue investigando onde poderia estar o corpo da vítima antes de ser colocado dentro de um armário com materiais de limpeza. O caso ocorreu na cidade de Novo Lino, no Sertão de Alagoas.
Em coletiva nesta quinta-feira (8), o delegado João Marcelo, um dos responsáveis pela investigação do crime, afirmou que a versão da mãe da menina — indiciada por homicídio qualificado — não coincide com o resultado dos laudos. Isso porque o estado de decomposição do cadáver deveria estar mais avançado, se levada em consideração a versão da genitora.
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"O estado de conservação em que a criança se encontrava não seria compatível com quatro dias dentro de duas sacolas naquele armário. O estado de decomposição ainda estava no estágio inicial. E o estado de decomposição de uma recém-nascida seria mais rápido que em um adulto. Para quatro dias dentro de uma sacola, o estado era para ser mais avançado. Seria compatível com a hipótese de aquele corpo ter sido retirado daquele local e passado por algum estado artificial de conservação, refrigeração ou não, e ter voltado para aquele local", explicou João Marcelo.
Assim, ainda segundo o delegado, as diligências continuam para elucidar essa possibilidade e verificar se alguma pessoa ajudou a ocultar o cadáver da bebê.
"Após o fornecimento do laudo do IML, tivemos mais segurança para reforçar essa hipótese de que ela pode ter sido removida do local, mas a mãe sustenta a versão de que agiu sozinha e que ninguém ajudou. Há diligências em curso, mas a gente não pode revelar mais", finalizou a autoridade policial.