
A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) concluiu o inquérito que investigava a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, ocorrida em abril deste ano, no município de Novo Lino. A mãe da bebê foi formalmente indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
De acordo com a Seção Antissequestro da DRACCO, responsável pelo caso, não há, até o momento, qualquer elemento técnico, médico ou psicológico que permita o enquadramento da conduta como infanticídio, uma vez que não foi constatada perturbação psíquica relacionada ao estado puerperal da acusada — condição exigida para a configuração do crime previsto no artigo 123 do Código Penal.
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Os laudos periciais elaborados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC) indicaram que o estado de conservação do corpo da recém-nascida não corresponde ao tempo alegado de mais de quatro dias no local onde foi encontrado.
Segundo os peritos, há indícios de que o cadáver possa ter sido mantido em outro ambiente — com possível refrigeração ou uso de meios artificiais de conservação — antes de ser deixado dentro de um armário.
Com base nessas evidências, a Polícia Civil seguirá com as investigações para apurar se houve participação de outras pessoas na ocultação do corpo ou em outras ações relacionadas ao crime.
Os delegados Igor Diego e João Marcello, responsáveis pela apuração, destacaram que a investigação seguirá de forma rigorosa e técnica, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes do caso e responsabilizar os envolvidos.
*Com assessoria