Diversidade
Nildo Correia, 40 anos, jornalista/blogueiro, produtor cultural responsável pela Parada do Orgulho LGBTQI+ de Maceió, Festival de Arte e Cultura e detém a patente de realização do Mister Gay Alagoas. Presidente fundador do Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego - CAERR. Atual presidente do Grupo Gay de Alagoas - GGAL, entidade precursora e fundadora do Movimento LGBTQIA+ alagoano, onde iniciou sua militância. Correia também é o militante alagoano que mais apresentou proposições de leis e decretos a Assémbleia Legislativa de Alagoas e Câmara Municipal de Maceió. Responsável pelo Relatório Estadual de agressões fisicas e morais, como também de homicídios de LGBTQIA+ em Alagoas.
Sua maior conquista e realização de sonhos até os dias de hoje é a abertura do Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rêgo - CAERR, o primeiro destinado ao acolhimento físico e social de LGBTQI+ alagoanos vítimas de exclusão social e vulnerabilizados.
Governo Lula cria programa de casas de acolhida para LGBTQIA+ e estratégia de enfrentamento a violência
14/12/2023 às 16:45
- há XX semanas
Novas políticas foram lançadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). Programa Acolhe+, que instituirá e dá apoio a casas de acolhimento a pessoas LGBTQIA+ expulsas de casa, funcionarão de forma transitória e podem acolher pessoas entre 18 e 65 anos.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) do governo Lula lançou duas novas políticas voltadas para o acolhimento e enfrentamento da violência contra pessoas LGBTQIA+. Publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na última quinta-feira (7), a Portaria 755 cria o Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+ - Programa Acolher+; e a Portaria 756, a Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+.
As políticas foram anunciadas no 1º Encontro Nacional dos Conselhos LGBTQIA+, que ocorreu ontem em Brasília, organizado em conjunto com a Secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ e o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. O evento contou com a presença do ministro Silvio Almeida e da secretária de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ Symmy Larrat.
O Programa Acolher+ busca fortalecer e/ou implementar casas de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ que foram expulsas de casa e retirada de seus vínculos familiares por conta de sua orientação sexual, identidade de gênero ou orientações sexuais.
Essa é uma realidade comum para esta população, mas que, até o momento, não é quantificada por dados oficiais no Brasil. Sem ter para onde ir, essas pessoas comumente ficam em situação de rua ou são cooptadas para atuar de maneira compulsória na prostituição (especialmente no caso de mulheres trans e travestis).
Segundo a portaria, poderão ser acolhidas pessoas entre 18 e 65 anos que tenham "condições de autonomia em autocuidado" e estejam em "situação de vulnerabilidade e/ou risco social, em decorrência de abandono e/ou rompimento de vínculos familiares e comunitários, consolidado ou iminente". O acolhimento será transitório e deve ainda oferecer alimentação e convivência comunitária para pessoas LGBT não residentes.
A prioridade para conseguir vaga será dada de acordo com outros marcadores sociais, "como os de raça e etnia, território, classe, gênero, idade, religiosidade, deficiência e outros", que podem intensificar as violências. Além de acolher pessoas em situação de vulnerabilidade, a expectativa da pasta é que o lançamento da política reconheça as violências e discriminações cometidas contra pessoas LGBTQIA+, mapeie a localização desses espaços e produza dados sobre a situação de expulsão domiciliar; além de reconhecer a diversidade humana, promover uma cultura de igualdade, respeito e equidade.
O Programa Acolhe+ passa a integrar a Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, definida como "uma política pública de enfrentamento às diversas violências e discriminações sofridas por pessoas LGBTQIA+, com vistas à promoção de sua cidadania plena". A Estratégia também contará com um conjunto de ações de monitoramento e compilação de dados, fortalecimento de serviços de proteção, promoção, defesa de direitos e de políticas públicas, expandindo os mecanismos de proteção para todo território brasileiro.
Segundo o Observatório de Mortes e Violências contra LBGTI+ no Brasil, divulgado em maio, 273 pessoas LGBTQIA+ morreram no Brasil em 2022, sendo que 228 foram assassinados, 30 tiraram a própria vida e 15 morreram de outras causas. O número pode estar subnotificado. A proporção é de duas mortes a cada três dias.
Pelo 14º ano consecutivo, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis do mundo. A edição de 2023 do dossiê anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que 131 pessoas trans morreram no país em 2022. A maioria das vítimas tinham entre 18 e 29 anos. A expectativa de vida desta população no país é de 35 anos.
Club Metrópole barbariza com mais uma edição de sua festa de hallowen
31/10/2023 às 10:04
- há XX semanas
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O Club Metrópole no Recife causa em suas festas temáticas de calendário e este ano promoveu dois Hallowen - um na sexta-feira 27/10 e outro no sábado 28/10 -, que parou o bairro da Boa Vista onde funciona a 21 anos. Já chamava a atenção a iluminação cênica de sua fachada e o público com suas fantasias, algumas criativas outras luxuosas e para os que optaram em ir sem servia um adereço ou maquiagem.
A produtora Ahava foi a responsável pela decoração da casa. "Tudo foi muito pensado desde o início do ano. Compramos os adereços e num galpão montamos tudo em apenas um mês", revelou Victor Hugo Bione, Diretor Artístico da Metrópole.
Chamou a atenção, como todos os anos, o cemitério das Boates já fechadas ao longo do tempo no Recife, uma brincadeira que já deu até ar em anos anteriores nos ex-proprietários destas casas. "Tudo é para descontrair", diz Victor Hugo.
O ponto alto foi o concurso de fantasias que premiou o primeiro colocado com R$ 2 mil pela produção. A resenha foi certa e o rolê positivo. Agora só em 2024.
26/10/2023 às 11:27
•
Atualizada em
26/10/2023 às 11:39
- há XX semanas
O termo inglês foi incorporado em outras línguas, sendo usada com muita frequência noBrasile emPortugal. Embora, algumas vezes,gayseja usado como denominador comum entre homens e mulheres homossexuais ebissexuais, tal uso tem sido constantemente rejeitado por implicar na invisibilidade ante alesbianidadee a bissexualidade. Da mesma forma, osenso comum, algumas vezes, atribui a palavra a pessoastravestisoutransexuais, atribuição esta resultante do desconhecimento da distinção entresexualidadeegênero.
Conquanto a cultura contemporânea em geral tenha herdado o termo diretamente do inglês (gay,"alegre, jovial"), o vernáculo inglês colheu-o dofrancês arcaico(gai, 'que inspiraalegria') e este obteve-o dolatim tardio(gaiu, com semelhante significado).
Assim, aetimologiaremonta o termo atual a três transições cultural-linguísticas: do latim tardio ao francês; do francês (arcaico) ao inglês; do inglês às demais culturas atuais.
A palavra originariamente não tinha conotação sexual necessária. Era usada para designar uma pessoa espontânea, alegre, entusiástica, feliz, e, nesse sentido, pode ser encontrada em diversas literaturas americanas, sobretudo as anteriores àdécada de 1920.
No entanto, o significado preliminar da palavragaymudou drasticamente nosEstados Unidos, vindo a assumir o significado primordial atual para definir pessoas que sentem atração sexual por pessoas do mesmo gênero, que, com a difusão da cultura estadunidense, tem sido amplamente utilizado.
O termogay, já marcado pela conotação sexual, ao ser difundido pelos países lusófonos, era utilizado principalmente de forma pejorativa contra homensgaysa partir do século XX.Contudo, a utilização da palavra pelos próprios homossexuais, a se referirem a si mesmos, fez com que a conotação negativa fosse amenizada. Em outras palavras, os homossexuais apropriaram-se da palavra, na busca de retirar-lhe, assim, a carga insultuosa.
Existem muitos sinônimos desta palavra no idioma português. No entanto, o uso dessas palavras é desaconselhado por serem consideradas de uso chulo e/ou de fundo preconceituoso.
Erika Hilton protocola PL para equiparar “cura gay” a tortura.
21/10/2023 às 13:29
- há XX semanas
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A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) apresentou um projeto de lei para que a terapia de “conversão sexual", a chamada “cura gay”, seja equiparada ao crime de tortura. Se aprovada, a prática será considerada um crime inafiançável, com pena de reclusão de dois a oito anos.
“Pessoas LGBTQIA+ não estão doentes. E um suposto profissional da saúde mental ou liderança religiosa que diz ser capaz de mudar a orientação sexual de alguém na verdade só é capaz de realizar um espancamento psicológico até que a vítima negue à si mesma”, disse a deputada sobre o projeto.
A parlamentar classifica o projeto como uma resposta à prática. “Não vamos aceitar que pessoas LGBTQIA+ continuem tendo a vida destruída para que fundamentalistas continuem, impunemente, tentando adequá-las aos seus preconceitos”, completa.
O Conselho Federal de Psicologia já proíbe, desde 1999, que profissionais da área apliquem terapias para tentar impor a heterossexualidade em membros da comunidade LGBTQIA+. No entanto, a prática continua sendo feita no Brasil, muitas vezes por pessoas e instituições ligadas à igrejas.
A igreja evangélica é apontada como responsável pelo retiro "Maanaim", que oferece serviços para "converter" jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade. A influenciadora Karol Eller teria frequentado o local uma semana antes de tirar a própria vida, em 12 de outubro.
De acordo com representação enviada ao MPF pelos parlamentares, “a conduta criminosa de tratamento de cura gay pelos Representados deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas à tamanha violência, para que vidas sejam preservadas”.
“Não tenho palavras para descrever, mas a ficha ainda não caiu. Acho que só quando ver o corpo vou acreditar nisso que aconteceu!”, diz Renato.
O irmão da influencier diz que a família soube da morte dela por meio das redes sociais. “Nós soubemos pela rede social mesmo. E depois com várias pessoas ligando”, completa.
Antes de tirar a própria vida, Karol Eller publicou nas redes sociais mensagem com afirmações como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”.
“Me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam! Se cuidem por aqui. Eu tentei”, diz a publicação.
Renato disse que o corpo da irmã será levado para ser enterrado em Governador Valadares (MG), cidade onde Flávia Caroline de Andrade Eller — nome verdadeiro de Karol Eller — nasceu.
Karol Eller trabalhava desde março como assessora parlamentar do deputado estadual Paulo Mansur (PL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ele havia se filiado ao PL de Jair Bolsonaro neste ano com objetivo de concorrer nas eleições municipais do ano que vem.
“Sim, eu renunciei à prática homossexual, eu renunciei vícios e renunciei os desejos da minha carne para viver em Cristo! Que Deus abençoe vocês!”, ela havia anunciado nas redes sociais.
Karol, prima de terceiro grau da cantora Cassia Eller, tinha 36 anos e, antes de se tornar influenciadora digital, chegou a ser promotora de eventos e relatava como era viver nos Estados Unidos (EUA). Ela acumulava mais de 200 mil seguidores no Instagram, e 700 mil no Facebook.
Há quatro anos, ela disse ter sido vítima de um ataque homofóbico na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A delegada que cuidava do caso, Adriana Belém, descartou que se tratava disso. “Nós não podemos admitir que você utilize a delegacia, a máquina administrativa do estado, e chegue aqui e minta”, disse Belém à época, afirmando que Eller poderia ser indiciada por denunciação caluniosa.
Homens héteros, como lidar com a proposta de sexo strapon
06/10/2023 às 0:00
- há XX semanas
O ato de penetrar sua parceira durante o sexo é intenso. É muito excitante para os homens – mas acredite ou não, penetrar seu parceiro (ao invés de ser penetrada) pode ser muito excitante para mulheres também. Algumas mulheres fantasiam sobre fazer sexo com um homem usando um strap on. Muitos homens, no entanto, não acham essa ideia tão interessante. O que você faz se sua namorada quer fazer sexo strapon em você – e você não está afim de experimentar?
Comunique-se de Maneira Aberta e Honesta
Quando falar sobre uma fantasia, seja sua ou dela, é importante que vocês dois sejam abertos e honestos um com o outro. Cada um dos parceiros deve ser capaz de falar de sua fantasia sem medo de críticas ou de que riam dele. Isso não significa que você tem que concordar com a fantasia.
Se a fantasia dela te faz ficar desconfortável (ou vice versa) é importante que você seja honesto com sua parceira e diga a ela suas preocupações sem ser intransigente ou crítico. O sexo entre você e sua parceira deve ser agradável para ambos, nenhum dos parceiros deve ser forçado a ficar desconfortável apenas para que o outro tenha uma experiência prazerosa. Se sua parceira quiser tentar algo que te faz ficar desconfortável, deixe-a saber. Se ela quiser fazer sexo strapon em você, explique para ela que a ideia te deixa desconfortável.
Como dizer não
Quer seja porque você não gosta da ideia de “brincar na lama” ou porque quer manter seu ânus uma “via de mão única”, essas são razões perfeitamente razoáveis para se discutir a proposta de sexo strapon com sua parceira. Quando você estivar falando com sua parceira sobre o porquê você não quer que ela use um strap on em você, esteja certo de falar em termos de “eu” e não de “você”.[sc:artigos_relacionados]
Afinal isso é sobre você, e porque a ideia de introduzir isso na sua relação sexual te deixa desconfortável. Tome cuidado para não fazê-la sentir que suas fantasias são nojentas ou erradas. Ela deve se sentir segura o bastante no relacionamento para falar sobre suas fantasias durante uma conversa, caso vocês venham a realizá-las ou não.
Ela Deve Te Respeitar
Se você respeita a sua parceira o bastante para que ela se sinta segura para dividir as fantasias com você, ela deve lhe respeitar o bastante para entender que você não quer participar de todas elas. Por fim, se você não está confortável com algo, ela não deve forçá-lo a fazer ou ficar brava se você não quiser. É seu corpo no fim das contas. Você não tem que fazer nada que não queira.
Se ela não te respeita o bastante para deixar de lado sua fantasia é hora de seguir em frente e buscar alguém que respeita você e o seu corpo.
O casamento com um parceiro bissexual pode ser difícil, particularmente para as mulheres que subiram ao altar com expectativas bem diferentes. Embora possa abalar as estruturas de um relacionamento, tal revelação não significa necessariamente que o casamento tenha chegado ao fim — muito pelo contrário, diversos casais descobrem que a bissexualidade abre portas para uma relação mais satisfatória, confiável e sincera.
Método 1
Método 1 de 4:
Oferecendo apoio
1
Aceite a pessoa amada como ela é. Seu marido ainda tem as mesmas qualidades que um dia despertaram seu amor, e a bissexualidade é apenas mais uma qualidade que você ainda não conhecia, mas que também define quem ele é. Como qualquer parceiro, seu marido simplesmente precisa receber amor e apoio, e o relacionamento permanecerá firme se ele se sentir aceito do jeito que é.
2
Aprenda mais sobre a bissexualidade. Estudar o assunto vai ajudá-la a compreender a pessoa amada. Embora não exista um modelo único de bissexualidade, já que cada indivíduo tem emoções e sentimentos diferentes, uma pessoa bissexual sente atração por homens e mulheres e, provavelmente, se apaixona pelas personalidades dos parceiros, sem dar muita atenção ao gênero de cada um deles. Certos mitos sobre a bissexualidade poderão prejudicar seu casamento se você não compreender que eles são apenas isso — mitos, já que o relacionamento se fortalece quando um parceiro consegue entender a natureza do outro. Alguns dos mitos mais comuns sobre a bissexualidade incluem:
Mito: uma pessoa só pode ser gay ou heterossexual, jamais ambos.
Os seres humanos são criaturas complexas e que podem ter diversas orientações sexuais, incluindo a heterossexualidade (atração pelo gênero oposto), a homossexualidade (atração pelo mesmo gênero), a bissexualidade (atração por dois ou mais gêneros), a assexualidade (nenhuma atração por qualquer gênero), a panssexualidade (quando não há limitações de opções sexuais), e a ceterossexualidade (atração por indivíduos não binários).
Mito: os bissexuais não podem ser fiéis.
Uma pessoa pode optar por ser monogâmica sem que a orientação sexual dela influencie sua capacidade ou desejo de ser fiel. Cada casal é quem decide o que significa ser monogâmico.
Mito: Os bissexuais têm mais doenças sexualmente transmissíveis.
A taxa de DSTs não tem relação com a sexualidade de alguém, mas sim com as medidas que um indivíduo toma para se proteger dessas doenças.
3
Dê um recomeço ao relacionamento. Reconheça que o casamento entrou em uma nova fase — você precisará estar disposta a fazer mudanças se quiser que a relação continue fluindo bem. Seu marido ainda é a mesma pessoa de sempre, a única diferença é que agora os desejos e sentimentos dele estão bem mais claros. Compreenda que talvez você precise de um recomeço, com novos limites e novas expectativas sobre o que a relação significa para cada parceiro.
4
Converse com a pessoa amada sobre os desejos dela. Talvez seu marido esteja lutando contra a própria bissexualidade há muitos anos — caso apenas tenha contado a verdade agora, é provável que ele tenha tentado reprimir os sentimentos verdadeiros por bastante tempo. Ele decidiu dar um grande passo e ser honesto porque sabe que vocês se conhecem e confiam um no outro; agora, é a sua vez de dar um grande passo conversando sobre os desejos dele. O que ele espera do casamento a partir de agora? Ele quer se relacionar com outras pessoas? Ele quer permanecer em um relacionamento monogâmico?
Método 3 de 4:
Vivendo o dia a dia
1
Compreenda que nem tudo precisa girar em torno da sexualidade. A vida do casal continuará como sempre foi, com pressões do trabalho, dores de cabeça por causa do trânsito, listas de supermercado, e tudo mais — o cotidiano não vai mudar depois que o seu marido for sincero sobre a própria sexualidade.
2
Mantenha as outras áreas da vida divertidas e interessantes. A vida conjugal não se resume apenas ao sexo, portanto, procure sempre praticar hobbies e atividades junto com a pessoa amada. Viajem juntos e tomem diversas atitudes diferentes para cultivar uma vida feliz a dois.
Explore seus próprios desejos. Uma conversa franca sobre a sexualidade do seu parceiro é também uma ótima oportunidade de falar abertamente sobre os seus próprios desejos, já que a pessoa amada ainda sente atração por você e quer deixá-la à vontade para explorar as próprias fantasias.
Muitas pessoas vivenciam um despertar sexual quando descobrem quem têm um parceiro bissexual, e muitos relacionamentos se fortalecem e se tornam mais satisfatórios.[2]
3
Recebendo apoio
1
Visite um centro de apoio à comunidade LGBT. Os centros de cidadania LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros) oferecem aconselhamento e informações relacionadas à saúde dessa comunidade, além de diversos outros recursos úteis.
Consulte um profissional de saúde mental. Um profissional especializado em relacionamentos e sexualidade poderá ajudá-la a compreender a relação e os sentimentos do seu marido. Talvez você esteja sentindo ansiedade ou outras emoções negativas em relação ao casamento — nesse caso, a terapia vai ajudá-la a obter uma perspectiva diferente sobre tais sentimentos.
Procure um terapeuta de casais se o relacionamento estiver em risco — você poderá encontrar terapeutas especializados na comunidade LGBT.[3]
3
Converse com um amigo ou familiar de confiança. Talvez você sinta que sua vida sexual é um assunto particular, mas ouvir o ponto de vista de outra pessoa sobre a situação poderá ser bastante benéfico. Escolha um ente querido confiável, respeitoso, e que não tenha o hábito de fazer julgamentos.
Um casal monogâmico pode se tornar não monogâmico e feliz?
04/10/2023 às 20:55
- há XX semanas
Artigo
Por: Ian Kerner - Psicólogo e terapeuta sexual renomado. Faz participações frequentes nos programas de televisão The Today Show e The Dr. Oz Show. Seu livro As mulheres primeiro foi traduzido para mais de 10 idiomas e figura na lista do The New York Times como o livro de conselhos sexuais mais vendido da década.
Umcasal monogâmicopode se tornar não monogâmico? Claro, eles podem – mas esses casais sobrevivem e prosperam? Quais são as armadilhas e quais são os prazeres?
Em minha prática, cada vez mais vejo casais de todas as idades que sempre estiveram emrelacionamentosmonogâmicos, mas agora estão pensando seriamente em abrir seus relacionamentos. Eles são casais jovens apenas começando, casais com filhos pequenos e uma hipoteca, e ninhos vazios procurando encontrar suas asas.
As razões para dar o salto variam. Frequentemente, um ou ambos os parceiros podem estar se sentindo sexualmente insatisfeitos no relacionamento principal – pode ser tédio, libidos incompatíveis ou desejo de explorar novos horizontes. Às vezes, há uma fome de entusiasmo e energia que surge quando as pessoas se conectam pela primeira vez com alguém novo. Também é possível que um ou ambos os parceiros não acreditem na monogamia. Para alguns casais, o sexo sempre foi um problema, mesmo que o resto do relacionamento funcione.
Não importa o motivo, o interesse pela não monogamia – participação emrelações sexuaisnão exclusivas – está aumentando. Em um estudo de 2020 com 822 pessoas atualmente monogâmicas pelo pesquisador do Instituto Kinsey, Justin Lehmiller, quase um terço afirmou que ter um relacionamento aberto era sua fantasia sexual favorita e 80% queria agir de acordo com isso.
O que acontece se seu relacionamento começar como monogâmico e você ou seu parceiro mudarem de ideia? Isso não tem que condenar seu relacionamento, disse Lehmiller. “Pesquisas sugerem que a qualidade do relacionamento é bastante semelhante em relacionamentos monogâmicos e consensualmente não monogâmicos”, disse ele. “Ambos os estilos de relacionamento podem funcionar bem – e ambos podem falhar também”.
Acredito que a chave para o sucesso da não monogamia está em uma palavra: consensual. Conhecida como não monogamia ética, essa abordagem é diferente das relações monogâmicas nas quais os parceiros traem um ao outro. Um relacionamento eticamente não monogâmico envolve duas pessoas que se identificam como um casal, mas que não estão comprometidas com um relacionamento tradicional, de acordo com a sexóloga Yvonne Fulbright.
“Eles deram um ao outro a oportunidade de namorar ou fazer sexo com outras pessoas de forma independente”, disse Yvonne, que mora na Islândia. “Muitas vezes, um componente-chave nesses relacionamentos é que o outro relacionamento é apenas sexual, não romântico ou emocional. Não há engano em se envolver em sexo com outras pessoas”.
Alguns casais podem achar a não monogamia ética mais fácil do que outros. Isso inclui aqueles que discutiram a possibilidade de um relacionamento aberto desde o início, bem como casais LGBTQ. “Na minha experiência, casais gays e queer têm mais facilidade com a não monogamia”, disse a terapeuta sexual Dulcinea Alex Pitagora, baseada em Nova York.
“Eles tiveram que fazer mais introspecção e comunicação sobre sua identidade sexual ou de gênero”, disse Dulcinea. “Esse tempo adicional gasto para entender quem eles são, o que querem e aprender como se comunicar se encaixa muito bem na comunicação sobre a não monogamia”.
Pesando os prós e os contras da não monogamia
Para casais que optam por abrir seus relacionamentos de forma ética, pode haver benefícios. “A não monogamia pode ser gratificante e um catalisador para o autocrescimento”, disse a terapeuta sexual Madelyn Esposito, de Wisconsin. “Esse autocrescimento pode aprofundar a compreensão e o desejo por seu parceiro principal, pois você tem espaço para explorar a si mesmo e a suas próprias necessidades sexuais fora dos limites relacionais”.
Em um relacionamento aberto, muitas vezes há menos pressão para que todas as suas necessidades sexuais sejam atendidas por seu parceiro, disse a terapeuta sexual Rachel Needle, da Flórida. “E há menos pressão sobre você para atender a todas as necessidades sexuais de seu parceiro. Isso lhe dá a oportunidade de desfrutar da atividade sexual com seu parceiro, mas sem tensão ou ansiedade adicionais”.
Às vezes, o calor gerado fora do quarto chega até mesmo ao relacionamento principal. “Muitas pessoas não monogâmicas acham que a variedade de parceiros aumenta sua libido e que isso se traduz em aumento do sexo no relacionamento primário”, disse Lehmiller. “Outra coisa que descobrimos em nossa pesquisa é que, além do sexo, esses relacionamentos também podem se reforçar mutuamente. Especificamente, estar mais satisfeito com um parceiro secundário na verdade prevê estar mais comprometido com o parceiro principal”.
Mas dar o salto para a não monogamia ética nem sempre é fácil para casais historicamente monogâmicos. Frequentemente, um parceiro está “dirigindo” e o outro é um passageiro relutante que acompanha o passeio. Às vezes, um casal não consegue concordar sobre o que constitui a não monogamia (sexo casual com pessoas diferentesversusver repetidamente uma pessoa) ou não consegue concordar sobre as regras (postar um perfil online, pernoitar, trazer alguém para casa, não beijar).
Um parceiro pode estar preocupado com oestigma socialse outros descobrirem ou simplesmente não conseguirem ir além de todas as mensagens culturais que idealizam a monogamia. A não monogamia pode desencadear sentimentos fortes, como ciúme e possessividade. “Mesmo trazer isso à tona como uma curiosidade pode parecer ameaçador para alguns casais/parceiros”, disse Yvonne.
Um casal monogâmico pode se tornar não monogâmico e feliz?
É possível, mas não é fácil, dizem especialistas em relacionamento e saúde mental; veja algumas dicas
O interesse pela não monogamia – participação em relações sexuais não exclusivas – está aumentandoGetty Images/Skynesher
Em minha prática, cada vez mais vejo casais de todas as idades que sempre estiveram em relacionamentos monogâmicos, mas agora estão pensando seriamente em abrir seus relacionamentos. Eles são casais jovens apenas começando, casais com filhos pequenos e uma hipoteca, e ninhos vazios procurando encontrar suas asas.
As razões para dar o salto variam. Frequentemente, um ou ambos os parceiros podem estar se sentindo sexualmente insatisfeitos no relacionamento principal – pode ser tédio, libidos incompatíveis ou desejo de explorar novos horizontes. Às vezes, há uma fome de entusiasmo e energia que surge quando as pessoas se conectam pela primeira vez com alguém novo. Também é possível que um ou ambos os parceiros não acreditem na monogamia. Para alguns casais, o sexo sempre foi um problema, mesmo que o resto do relacionamento funcione.
Não importa o motivo, o interesse pela não monogamia – participação em relações sexuais não exclusivas – está aumentando. Em um estudo de 2020 com 822 pessoas atualmente monogâmicas pelo pesquisador do Instituto Kinsey, Justin Lehmiller, quase um terço afirmou que ter um relacionamento aberto era sua fantasia sexual favorita e 80% queria agir de acordo com isso.
O que acontece se seu relacionamento começar como monogâmico e você ou seu parceiro mudarem de ideia? Isso não tem que condenar seu relacionamento, disse Lehmiller. “Pesquisas sugerem que a qualidade do relacionamento é bastante semelhante em relacionamentos monogâmicos e consensualmente não monogâmicos”, disse ele. “Ambos os estilos de relacionamento podem funcionar bem – e ambos podem falhar também”.
Acredito que a chave para o sucesso da não monogamia está em uma palavra: consensual. Conhecida como não monogamia ética, essa abordagem é diferente das relações monogâmicas nas quais os parceiros traem um ao outro. Um relacionamento eticamente não monogâmico envolve duas pessoas que se identificam como um casal, mas que não estão comprometidas com um relacionamento tradicional, de acordo com a sexóloga Yvonne Fulbright.
“Eles deram um ao outro a oportunidade de namorar ou fazer sexo com outras pessoas de forma independente”, disse Yvonne, que mora na Islândia. “Muitas vezes, um componente-chave nesses relacionamentos é que o outro relacionamento é apenas sexual, não romântico ou emocional. Não há engano em se envolver em sexo com outras pessoas”.
Alguns casais podem achar a não monogamia ética mais fácil do que outros. Isso inclui aqueles que discutiram a possibilidade de um relacionamento aberto desde o início, bem como casais LGBTQ. “Na minha experiência, casais gays e queer têm mais facilidade com a não monogamia”, disse a terapeuta sexual Dulcinea Alex Pitagora, baseada em Nova York.
“Eles tiveram que fazer mais introspecção e comunicação sobre sua identidade sexual ou de gênero”, disse Dulcinea. “Esse tempo adicional gasto para entender quem eles são, o que querem e aprender como se comunicar se encaixa muito bem na comunicação sobre a não monogamia”.
Pesando os prós e os contras da não monogamia
Para casais que optam por abrir seus relacionamentos de forma ética, pode haver benefícios. “A não monogamia pode ser gratificante e um catalisador para o autocrescimento”, disse a terapeuta sexual Madelyn Esposito, de Wisconsin. “Esse autocrescimento pode aprofundar a compreensão e o desejo por seu parceiro principal, pois você tem espaço para explorar a si mesmo e a suas próprias necessidades sexuais fora dos limites relacionais”.
Em um relacionamento aberto, muitas vezes há menos pressão para que todas as suas necessidades sexuais sejam atendidas por seu parceiro, disse a terapeuta sexual Rachel Needle, da Flórida. “E há menos pressão sobre você para atender a todas as necessidades sexuais de seu parceiro. Isso lhe dá a oportunidade de desfrutar da atividade sexual com seu parceiro, mas sem tensão ou ansiedade adicionais”.
Às vezes, o calor gerado fora do quarto chega até mesmo ao relacionamento principal. “Muitas pessoas não monogâmicas acham que a variedade de parceiros aumenta sua libido e que isso se traduz em aumento do sexo no relacionamento primário”, disse Lehmiller. “Outra coisa que descobrimos em nossa pesquisa é que, além do sexo, esses relacionamentos também podem se reforçar mutuamente. Especificamente, estar mais satisfeito com um parceiro secundário na verdade prevê estar mais comprometido com o parceiro principal”.
Mas dar o salto para a não monogamia ética nem sempre é fácil para casais historicamente monogâmicos. Frequentemente, um parceiro está “dirigindo” e o outro é um passageiro relutante que acompanha o passeio. Às vezes, um casal não consegue concordar sobre o que constitui a não monogamia (sexo casual com pessoas diferentes versus ver repetidamente uma pessoa) ou não consegue concordar sobre as regras (postar um perfil online, pernoitar, trazer alguém para casa, não beijar).
Um parceiro pode estar preocupado com o estigma social se outros descobrirem ou simplesmente não conseguirem ir além de todas as mensagens culturais que idealizam a monogamia. A não monogamia pode desencadear sentimentos fortes, como ciúme e possessividade. “Mesmo trazer isso à tona como uma curiosidade pode parecer ameaçador para alguns casais/parceiros”, disse Yvonne.
O que você deve considerar se a não monogamia ética estiver em sua mente?
Faça isso pelos motivos certos
Existem inúmeros motivadores positivos para os casais tentarem a não monogamia, mas o que você não quer fazer é confiar na não monogamia para colocar um band-aid nos problemas existentes. “Usar a não monogamia para consertar um relacionamento é tão eficaz quanto ter um bebê para consertar um relacionamento – é uma péssima ideia”, disse Rebecca Sokoll, psicoterapeuta da cidade de Nova York. “Você precisa de um relacionamento forte e saudável para fazer a transição para a não monogamia”.
Não faça isso para se distanciar do seu parceiro. “A não monogamia ética também pode ser um mecanismo de defesa, uma tática de atraso, um jogo de esconde-esconde e uma aversão à proximidade”, disse a psicoterapeuta Hanna Zipes Basel, de Minnesota, especializada nessa área. “Eu vejo os casais terem sucesso quando entram na não monogamia com um relacionamento funcional já seguro, quando ambos estão igualmente desejando a não monogamia e/ou tiveram experiência anterior ou fizeram sua lição de casa”.
Eduque-se
“Eduque-se sobre a ampla gama de filosofias, estruturas e acordos possíveis no mundo ético da não monogamia por meio de livros, podcasts e artigos”, sugeriu a terapeuta sexual Sari Cooper, que dirige o Centro de Amor e Sexo em Nova York. “Faça um diário sobre o que cada um de vocês está procurando nessa transição e discuta essas metas com seu parceiro para ver se vocês estão na mesma página e, se não, quais sobreposições ou concessões podem funcionar”.
Fale, fale e fale um pouco mais
Não há dúvida de que a não monogamia ética requer comunicação – e muita comunicação. “Sugiro uma conversa ‘e se’ antes que alguém entre em ação”, aconselhou a terapeuta sexual Tammy Nelson, de Los Angeles. “Falar sobre os potenciais positivos, bem como as armadilhas de uma possível exploração, pode evitar problemas que possam surgir mais tarde. Quanto mais você falar sobre os problemas antes que eles aconteçam, melhor”.
Uma experiência de terapeuta no trabalho com casais que buscam a não monogamia ética pode ajudar a pesar os possíveis prós e contras, orientar no processo e fornecer um espaço neutro e seguro para discutir as coisas.
Estabeleça regras básicas
Determine como é a não monogamia ética para vocês dois e concorde com seus parâmetros – regras mais rígidas podem ser melhores ao começar – e planeje manter a conversa em andamento.
“Vejo dezenas de casais por ano que vêm à terapia para tentar negociar suas expectativas com antecedência”, disse Kimberly Resnick Anderson, terapeuta sexual de Los Angeles. “Os casais que fazem o dever de casa com antecedência têm uma taxa de sucesso muito maior do que os casais que se lançam sem preparação”.
“Mesmo os casais que se preparam com responsabilidade costumam se surpreender com suas reações a certas situações e precisam renegociar limites”.
Na minha experiência profissional, os casais que têm sucesso na não monogamia muitas vezes não exigem muitas regras, porque confiam um no outro, priorizam o relacionamento principal e têm um ao outro em mente durante todo o processo.
Redefina o fracasso e o sucesso
Se a não monogamia ética não funcionar para você – ou levar a uma separação – isso não significa que seja uma perda. “Considere um casal com filhos que, sem a não monogamia ética, teria se separado, e para quem a não monogamia estabiliza seu relacionamento”, disse a terapeuta sexual de Nova Jersey Margie Nichols.
“Eventualmente, essa estabilidade não dura, mas a não monogamia ética permite que o casal se separe conscientemente e leve tempo com o processo”, disse Margie. “Por causa da consideração, a família pode continuar morando junto ou perto um do outro e ainda amar e cuidar um do outro, e não há amargura ou rancor entre os dois. Eu chamaria isso de sucesso – apesar do divórcio”.
No final, os casais bem-sucedidos estão fortemente comprometidos com seu relacionamento principal: eles o protegem, valorizam e cuidam dele. Eles garantem que sua base seja sólida e segura e continuam a crescer e se expandir como casal de maneiras além do sexo. A não monogamia pode ser um novo capítulo empolgante para um casal, mas não significa que a história de seu relacionamento chegue ao fim. Deve parecer um começo emocionante.