CSA 1 x 0 Santa Cruz - Um grande teste no Rei Pelé
O amistoso entre CSA e Santa Cruz, realizado no Rei Pelé, foi mais do que uma partida preparatória: foi um verdadeiro teste para ambas as equipes. O jogo exigiu intensidade e permitiu que os técnicos avaliassem, em situações reais, os ajustes trabalhados na pré-temporada.
O CSA de Higo Magalhães
O técnico Higo Magalhães escalou um CSA com quatro novidades. Na meta, Gabriel Félix mostrou segurança, um ponto positivo em uma posição crucial. Na zaga, o alagoano Islan, recém-chegado, destacou-se pelo bom desempenho na bola aérea, uma deficiência do time na temporada passada, embora ainda tímido na construção, o que é normal em uma estreia. No meio, Álvaro aproveitou bem a oportunidade, mostrou intensidade e entendimento tático, e quase marcou ao acertar a trave. Já no ataque, Igor Bahia, substituindo o machucado Tiago Marques, demonstrou entrega e mobilidade, mas ainda carece da técnica e precisão do titular.
O Santa Cruz de Itamar Schülle
O Santa Cruz veio ao Rei Pelé com uma formação de três zagueiros. Experientes como William Alves (37 anos) e Genilson (34 anos) tiveram desempenho sólido, enquanto o mais jovem, Matheus Vinícius (25 anos), enfrentou dificuldades. O destaque tricolor foi o camisa 10, João Pedro, dinâmico, organizador e com boa finalização — chegou a acertar o travessão no primeiro tempo. Além disso, os garotos da base, como Túlio e Vinícius, aproveitaram a chance e deixaram uma boa impressão.
O jogo
O CSA, com uma base já montada, demonstrou maior entrosamento e tomou a iniciativa. O time buscava, com intensidade e agressividade, encurralar o adversário. Uma jogada interessante foi a construção em um 3-2-5, segurando o lateral Raphinha e liberando Roberto, gerando um preenchimento eficiente da área.
O primeiro tempo foi dominado pelo CSA, mas o Santa Cruz teve seus momentos, especialmente nos 15 minutos iniciais, com uma posse de bola mais consistente. A principal chance tricolor foi o chute de João Pedro no travessão.
O intervalo e as mudanças
No intervalo, o Santa Cruz ajustou sua formação, resolvendo problemas na ala esquerda com a entrada de Rodrigues e reposicionando Vini Moura no ataque. Já Higo Magalhães deu mais 15 minutos ao time titular antes de trocar toda a equipe.
No segundo tempo, o CSA apresentou novas caras:
• Paulo Vitor foi seguro no gol, realizando três boas defesas.
• Cedric, retornando ao clube, impressionou com qualidade e visão de jogo, além de dar uma assistência perfeita para o gol.
• Vander, volante/meia, mostrou rapidez na recomposição defensiva e boa participação na construção.
• Guilherme Cachoeira, com velocidade e leitura de jogo, destacou-se pelo excelente preenchimento da área e marcou de cabeça, mostrando entendimento tático.
O restante dos reservas teve menos destaque, em um segundo tempo mais corrido e desorganizado taticamente.
Reflexões finais
Embora tenha sido um amistoso, a intensidade foi digna de uma partida oficial, com destaque para a torcida azulina, que mais uma vez fez a diferença. Contudo, ficou a sensação de que os atletas da base poderiam ter tido mais oportunidades — Cadu, por exemplo, sequer entrou em campo.
O CSA segue sua preparação e terá um novo desafio no próximo domingo, no Arruda, contra o Santa Cruz. Será mais uma chance de ajustes e avaliações antes da estreia oficial na temporada.