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HOME > blogs > BLOG DO MARLON
Os feitos de CSA e CRB encheram o torcedor de orgulho, mas o futebol exige mais que brilho pontual: pede gestão, leitura e regularidade.

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Blog do Marlon

CSA e CRB – O preço da glória


			
				CSA e CRB – O preço da glória
Os feitos de CSA e CRB encheram o torcedor de orgulho, mas o futebol exige mais que brilho pontual: pede gestão, leitura e regularidade.. Marlon Araújo

A semana começou com os clubes alagoanos nas manchetes nacionais. O CSA eliminou o Grêmio em plena Arena, o CRB superou o Santos de Neymar no Rei Pelé. Foram noites que enebriaram a arquibancada. A torcida se permitiu sonhar — e não estava errada. Mas o futebol, como a vida, trata de lembrar que o encanto passa, e a ressaca chega cedo.

No fim de semana, a sequência de capítulos mostrou que o roteiro não é de conto de fadas. O CSA tropeçou em casa, empatando sem gols com o Confiança. O CRB foi até Ribeirão Preto e perdeu para o Botafogo-SP. Tropeços que, para quem analisa com calma, não são surpresa. Mas para quem se ilude com brilho de vitórias pontuais, parecem desastres.


			
				CSA e CRB – O preço da glória
Técnico Higo Magalhães do CSA - Foto: Allan Max / Ascom CSA.

No Azulão, Higo Magalhães não buscou desculpas. Falou abertamente do desgaste, da maratona entre Série C e Copa do Brasil, das viagens, da perda de intensidade. Rodou o elenco, controlou carga, apostou na gestão do grupo. O resultado não foi bom, mas o raciocínio faz sentido. Num campeonato de 19 rodadas, não se pode queimar o time em uma só.


			
				CSA e CRB – O preço da glória
Eduardo Barroca - Técnico do CRB. (Foto: Francisco Cedrin CRB)

Do outro lado, Barroca seguiu caminho inverso. Repetiu a formação que bateu o Santos, mesmo com sinais claros de exaustão. A derrota expôs uma escolha arriscada. E o prejuízo aumentou: Higor Meritão, a peça de sustentação do meio, será desfalque no duelo contra o Remo — que, aliás, agora é treinado por Daniel Paulista, velho conhecido da torcida regatiana.

O ponto aqui não é crucificar decisões. É entender o contexto. CSA e CRB vivem uma temporada que exige mais do que emoção. Exige planejamento. E é aí que mora o problema.

Os elencos são curtos. As soluções no banco nem sempre resolvem. E quem tenta pintar esse cenário como “natural” ou “sob controle” vai acabar sendo desmentido pelos próprios resultados. O torcedor entende muito mais do que parece. Ele sente quando o time está inteiro — e percebe quando o time entra no limite.

Vencer o Grêmio e o Santos foi gigante. Mas manter competitividade na Série B e na Série C é outra história. Uma história escrita com regularidade, leitura de cenário e reforço pontual. Não adianta euforia se o gás acaba na curva seguinte.

O futebol alagoano precisa mais do que noites inesquecíveis. Precisa de consistência.

Porque no Brasil, o céu dura pouco. E o chão está sempre logo ali.

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