
Quem só viu o placar, enxergou 2x0. Quem viu o jogo, entendeu o porquê.
O CRB anulou o líder Goiás com uma combinação de estratégia, entrega coletiva e boas escolhas de Barroca na beira do campo.

O jogo começou equilibrado. Os dois no 4-3-3, mas com comportamentos defensivos opostos. O Goiás apostava no seu tradicional 1-4-1-4-1. O CRB? No já conhecido 1-6-3-1, com Thiaguinho e Baggio descendo até formar a linha de seis na defesa.
A missão era clara: fechar o corredor central, negar jogo entrelinhas e empurrar o adversário para os cruzamentos . Resultado: Anselmo Ramon, isolado, pouco tocou na bola.

O primeiro tempo teve um roteiro claro: o GPS da vitória alagoana foi o lado esquerdo da defesa goiana. O CRB empilhou jogadas por ali. Weverton voando, Mikael fazendo pivô, Thiaguinho ganhando todos os duelos contra Lovat e Pedrinho. O gol veio com merecimento, num chute de Thiaguinho que desviou e tirou qualquer chance de defesa.
Veio o segundo tempo, e mesmo com Mancini mexendo, o Goiás pouco produziu. Barroca leu o jogo e foi preciso: tirou Mikael para colocar Pottker, ganhando profundidade e velocidade contra um Titi já desgastado. Depois, trocou Gegê e Danielzinho (que estava amarelado) por Fernando Henrique e Giovanni. Uma injeção de oxigênio e perna para manter a pressão e explorar os contra-ataques.

O segundo gol é síntese dessa nova fase: Pottker roubando e acelerando, Giovanni atacando espaço e decidindo com categoria.
Matheus Albino? Gigante de novo. Defesa crucial na cabeçada de Anselmo Ramon e segurança o jogo inteiro.
Na 3ª rodada, eu já tinha dito: com mais peças, esse CRB iria discutir o G4.
Na 12ª, o Galo está lá.
