Dos 175 mil alunos matriculados nas 314 escolas da rede estadual de ensino, estima-se que mais de 70%, ou seja, 100,8 mil estudantes do ensino médio não têm acesso à rede mundial de computadores com regularidade, por falta de internet e equipamentos em casa.
Um levantamento do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef/Brasil) e do Centro de Referência em Educação Integral (Cenpec/Educação) apresenta uma situação muito pior ao atestar que 17,7% das crianças e jovens com idades entre 6 e 17 anos, com Ensino Médio incompleto, não frequentaram a escola em 2020.
O percentual é o quarto pior da Região Nordeste, atrás da Bahia (30,7%), do Rio Grande do Norte (24,9%) e de Sergipe (21,4%). Alagoas possui 699.787 crianças e jovens, com ensino médio incompleto e que deveriam ter frequentado a escola, de forma remota ou presencial, com ou sem pandemia. A maioria é excluída do universo digital.
Em reportagem especial assinada pela jornalista Jamylle Bezerra, a Gazeta alertou em abril do ano passado que 124.106 crianças e jovens não assistiram às aulas ao longo de 2020. O mesmo levantamento também traz o cenário referente a 2019 e aponta que 4,3% da população com idade entre 6 e 17 anos não frequentava a sala de aula antes mesmo da pandemia.
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Esse percentual equivale a 31.922 crianças e jovens, de um universo de 742.551 pessoas. Numa tentativa desesperada de conter o quarto pior índice regional de evasão escolar e exclusão digital, conforme pesquisa do Unicef, a gestão passado do governo de Alagoas conseguiu aprovar um projeto na Assembleia Legislativa de distribuição R$ 220 milhões para alunos e professores [quem voltar a estudar recebe bolsa R$ 1,5 mil, quem concluir o ensino médio recebe R$ 2 mil, quem frequentar 75% recebe mensalmente R$ 100 e professor que se empenhar mais R$ 1,5 mil].
O governador-tampão, Paulo Dantas (MDB), reconheceu a gravidade da situação e em seu discurso de posse anunciou a manutenção do programa e garantiu esforço para promover a inclusão digital.
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