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Delator do PCC em Maceió: o que se sabe e o que falta esclarecer

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach ficou no estado por sete dias antes de ser assassinado no Aeroporto de Guarulhos


				
					Delator do PCC em Maceió: o que se sabe e o que falta esclarecer
Gritzbach e o estojo de joias trazidos de Maceió no dia que foi executado. Foto: Montagem/g1/Reprodução/TV Globo

A semana que o delator do PCC Antônio Vinícius Lopes Gritzbach passou em Alagoas é parte do quebra-cabeça para entender porque ele foi morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 deste mês. Gritzbach ficou no estado por sete dias.

O que se sabe sobre o caso?

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Gritzbach vivia sob ameaça de morte do PCC (Primeiro Comando da Capital) e era pivô de uma guerra interna na facção. Ele foi atacado ao desembarcar em Guarulhos, sendo atingido por 10 tiros, ao voltar da viagem a Alagoas. Os atiradores foram dois homens encapuzados, que fugiram do local em um Gol preto e ainda não foram identificados.

Segundo o depoimento de um dos seguranças do empresário à polícia, o único momento da viagem que fugiu da normalidade aconteceu quando funcionários de Gritzbach foram até um quiosque na praia da capital alagoana para pegar uma sacola pequena que estava com um homem identificado, até o momento, como 'Alan'.

Conforme o depoimento, Alan vestia uma camisa do Barcelona e carregava uma sacola preta. A entrega foi feita a Danilo Lima Silva, motorista do delator, e ao segurança Samuel Tillvitz da Luz, que é policial.

Alan, cujo nome pode não ser verdadeiro, foi descrito por pessoas próximas a Gritzbach como um homem moreno claro, forte, com cerca de 1,78 m de altura, cabelos lisos e aparentando ter entre 35 e 38 anos.

Os artefatos eram pedras preciosas, colares, correntes, anéis, brincos, pulseiras e até um relógio Rolex. Havia dois certificados Vivara, dois certificados Cartier, um certificado Bulgari, um certificado Cristovam Joalheria e um certificado IBGM Gemologia dentro da bolsa em que estavam. A Polícia Civil apreendeu o material.

As investigações apontam que essas joias eram parte de um pagamento.

Também em depoimento, um dos seus seguranças afirmou que acompanhou Gritzbach e a namorada dele, Maria Helena Paiva Antunes, em visitas a imóveis em São Miguel dos Milagres, também em Alagoas, com a justificativa de que queriam passar o réveillon com a família na praia.

Ainda no atentado, um motorista por aplicativo também foi atingido por um tiro nas costas. Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi levado para a UTI, mas não sobreviveu.

Duas outras pessoas ficaram feridas: Samara Lima de Oliveira, de 28 anos, e Willian Sousa Santos, de 39 anos, funcionários de uma empresa terceirizada do aeroporto. Ambos foram encaminhados ao Hospital Geral de Guarulhos.

Willian sofreu ferimentos na mão direita e no ombro, ficando em observação na unidade de saúde. Já Samara foi atingida superficialmente no abdômen e recebeu alta.

Segundo a polícia, nenhum deles, assim como o motorista de aplicativo, tinha ligação com o empresário.

O que falta saber sobre o atentado?

Os depoimentos de Maria Helena e de Danilo Lima Silva divergem em um dos pontos. Conforme a namorada do delator do PCC, Gritzbach havia sido reconhecido por um homem que o ameaçava durante a estadia em São Miguel dos Milagres.

Danilo, por outro lado, disse que ele havia sido reconhecido no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Alagoas, por um homem que o devia R$ 6 milhões. Essa teria sido a mesma pessoa que fez o pagamento com as joias.

Além disso, a polícia de Alagoas está tentando localizar o homem identificado como Alan, com objetivo de encontrar o devedor de Gritzbach. Por sua vez, a polícia de São Paulo suspeita que esse devedor seja um operador de criptomoedas que devia R$ 70 milhões a Anselmo Bechelli Santa Fausta, de 38 anos, conhecido como Cara Preta.

As investigações também tentam entender as ações tomadas pelos seguranças de Gritzbach durante sua chegada a São Paulo.

Os policiais militares Leandro Ortiz, de 39 anos, Adolfo Oliveira Chagas, de 34 anos, Jefferson Silva Marques de Sousa, de 29 anos, e Romarks César Ferreira de Lima, de 35 anos, estavam na ala de desembarque do terminal 2 do aeroporto, onde Vinícius foi alvo da emboscada. No entanto, a polícia suspeita que eles não realizaram a escolta como deveriam.

Após o Volkswagen Amarok, que deveria ser utilizado na escolta, apresentar falhas, os policiais militares chegaram ao terminal 2 em um veículo Trailblazer. O carro também estava ocupado pelo filho de Vinícius, de 11 anos, e por José Luiz Vilela Bittencourt, de 23 anos, amigo do empresário. Os celulares de todos os envolvidos foram apreendidos.

A polícia investiga se ele foi assassinado a mando do PCC, mas não descarta outras possibilidades, como a queima de arquivo, uma vez que Vinícius havia assinado um acordo de delação premiada e tinha vários inimigos entre agentes públicos, a quem afirmou ter pago altos valores em propinas.

Outro ponto que está sendo apurado pela polícia é se as joias recebidas por Vinícius em Maceió tinham GPS, permitindo que os executores em São Paulo localizassem Vinicius Gritzbach após seu desembarque no Aeroporto de Guarulhos.

*com informações do g1 e UOL.

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