
Uma tentativa de vender um vestido de noiva por meio de uma plataforma de compra e venda online resultou em um prejuízo de R$ 20 mil e mais R$ 1.000 em espécie para um casal de Maceió. O golpe foi registrado na Polícia Civil no último dia 1º de maio.
A vítima, que preferiu não ser identificada, relatou à TV Gazeta que o vestido possuía alto valor emocional, pois havia sido um presente da avó. Com a necessidade de se mudar, ela decidiu vender a peça na internet. A negociação foi conduzida pelo marido, que seguiu todos os procedimentos da plataforma, suspeitando posteriormente que o site teria sido clonado.
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Segundo ele, após as tratativas, recebeu uma suposta confirmação de pagamento no nome de “Rúbia Carla Amaral”. A golpista também manteve contato com a esposa, afirmando que o pagamento havia sido efetuado e solicitando a entrega do vestido. A orientação era que o envio fosse feito por um motorista de aplicativo vinculado à própria plataforma, como medida de segurança.

A entrega foi registrada em fotografias, mostrando, inclusive, a placa do veículo. No entanto, logo após a entrega, o casal recebeu uma nova mensagem informando que o dinheiro só seria liberado após o pagamento de uma taxa de R$ 1.000 via Pix.
O golpista induziu o homem a realizar uma biometria facial pelo WhatsApp e a transferir todo o saldo de sua conta no Banco do Brasil para outra da Caixa Econômica, sob a promessa de validação do pagamento pelo “Banco Central”. O nome da conta de destino era “Maria Luiza Martins Sampaio”, o que levantou suspeitas tardias da fraude.
O casal fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia Virtual.
“A gente vai abrir o inquérito, vai rastrear a importância dos 1000 reais que foi depositado numa conta. E a gente vai indiciar essa pessoa que recebeu. Mas o indício não é prova, porque a pessoa vai alegar que recebeu de qualquer forma, e é difícil aplicar a lei”, aponta o delegado Oldemberg Paranhos.
Ele orienta que, ao perceber que está caindo em um golpe, acione o 181 ou o 190, sem precisar se identificar.
"Jamais entregar sem ver o dinheiro na conta. Não fazer negócio pela emoção. Ter os pés no chão, a cabeça no lugar e ter a consciência de que comprar e vender é uma arte que tem que ser feita com todo cuidado possível”, orientou a autoridade policial.