A Fifa deverá pagar mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) em receita aos clubes participantes do novo Mundial de Clubes, conforme as negociações avançam entre a entidade máxima do futebol e a Associação Europeia de Clubes (ECA), que representa times como Chelsea e Manchester City.
A informação foi confirmada por diversas fontes à BBC Sport.
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No total, 32 equipes, incluindo 12 europeias, dividirão o que se espera ser a maior premiação do futebol de clubes, em um formato de sete jogos.
Como será a premiação do Mundial de Clubes?
O valor é parcialmente baseado no acordo de US$ 1 bilhão fechado em dezembro com a plataforma de streaming esportivo DAZN para os direitos de transmissão globais exclusivos do torneio.
A competição inédita será realizada nos Estados Unidos, começando em 14 de junho e com a grande final programada para 13 de julho, em Nova Jersey.
Cada clube participante receberá uma quantia fixa apenas por disputar a fase de grupos, além de premiações adicionais conforme seu desempenho e avanço nas fases seguintes.
Times europeus vão ganhar mais que os outros
Segundo fontes de alto escalão, a Fifa e a ECA também discutem a implementação de pagamentos de solidariedade para equipes que não disputarão o torneio, com planos de expandir esse modelo para clubes da África, Ásia e Américas no futuro.
Até o momento, tanto a Fifa quanto a ECA não se pronunciaram oficialmente sobre o andamento das tratativas.
No entanto, a expectativa é que os times europeus garantam uma fatia maior da receita total, considerando a relevância dessas equipes para o torneio e a impossibilidade de realizarem lucrativas turnês de pré-temporada no exterior durante o período da competição.
Real Madrid não faz parte da ECA
Entre os clubes representados pela ECA estão Chelsea, Manchester City, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Paris Saint-Germain, Inter de Milão, Juventus, Atlético de Madrid, Benfica, Porto e Red Bull Salzburg.
O Real Madrid, por sua vez, não faz parte da ECA, devido ao seu apoio contínuo à criação da Superliga Europeia.
A ECA já formalizou seu compromisso de apoiar o novo Mundial de Clubes pelo menos até 2030, por meio de um memorando de entendimento assinado em 2023.
Apesar de algumas incertezas sobre os valores distribuídos, clubes de fora da Europa têm manifestado, publicamente e nos bastidores, apoio à competição.
Fifa diz que não terá lucros diretos com o Mundial de Clubes
Em dezembro, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, enfatizou a importância global do torneio: “Tudo o que a Fifa faz precisa ser global. Temos que envolver o mundo inteiro, proporcionar oportunidades e chances a todos, e o Mundial de Clubes está fazendo exatamente isso”.
A entidade também assegurou que não obterá lucros diretos com a competição, comprometendo-se a reinvestir a totalidade da receita de US$ 1 bilhão no desenvolvimento do futebol de clubes em nível global.
Um encontro do Conselho da Fifa está previsto para fornecer atualizações sobre o evento, que será disputado em 12 estádios espalhados por 11 cidades americanas ao longo de um mês.
Visão fora da Europa
A Confederação Africana de Futebol (CAF) está representando os interesses dos clubes do continente nas negociações. Hersi A. Said, presidente da Associação Africana de Clubes (ACA) e membro da diretoria da CAF, disse à BBC Sport:
Inicialmente, estamos satisfeitos com essa participação, mas queremos ampliar esse número (de clubes) nas próximas edições. Para ser sincero, temos poucas informações sobre os direitos de transmissão e os pagamentos de solidariedade, mas gostaríamos de ter um espaço para discutir isso. Seria ideal que a ACA estivesse envolvida nesses assuntos
Hersi A. Said, presidente da Associação Africana de Clubes (ACA)
Clubes da América do Norte e da Ásia também foram consultados e, embora demonstrem otimismo em relação ao torneio, ainda não têm detalhes concretos sobre os valores que poderão receber.
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