
A Inter de Milão não vive um momento de paz. Eliminada para o Fluminense na Copa do Mundo de Clubes, a equipe italiana vive uma troca de acusações entre os jogadores. Após a queda, o capitão Lautaro Martínez detonou o time e disse que "quem não quiser ficar pode ir embora". Çalhanoglu respondeu nesta terça-feira.
- Palavras que dividem e não unem. A história se lembrará daqueles que permaneceram de pé e não daqueles que levantaram a voz. O futuro? Veremos. Eu nunca disse que não estava feliz aqui, nunca traí esta camisa - disse Çalhanoglu.
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A resposta do meia foi publicada em suas redes sociais. Após a eliminação para o Fluminense, o capitão Lautaro Martínez mandou um recado para o elenco sem mencionar nomes. O diretor esportivo da Inter, Beppe Marotta, afirmou que a mensagem foi para o meia turco.
— Eu quero brigar pelos principais títulos. Quem quiser permanecer na Internazionale, muito bem, vamos lutar. Mas quem não quiser ficar pode ir embora. Precisamos de jogadores que queiram estar aqui. Estamos vestindo uma camisa importante. Precisamos de uma mentalidade de alto nível ou, por favor, vá embora — disparou Lautaro.
A Internazionale chegou na Copa do Mundo de Clubes como uma das equipes favoritas ao título. Ou pelo menos às semifinais. Mas o time italiano teve dificuldades no Grupo E. Empatou com o Monterrey na estreia, ganhou do Urawa Reds por 2 a 1, e venceu o River Plate por 2 a 0 com dois gols depois da expulsão de Martínez Quarta.
Nas oitavas de final, contra o Fluminense, a Inter de Milão teve quase o mesmo número de finalizações e o mesmo de chutes no gol do que o time brasileiro (quatro), apesar de posse de bola muito maior (66% a 34%). Lautaro Martínez teve quatro finalizações, uma na trave, e acertou duas no gol.
A Inter de Milão disputou cinco competições em 2024/25: Campeonato Italiano, Copa da Itália, Supercopa da Itália, Champions League e Copa do Mundo de Clubes. E não conquistou nenhum título.
Veja o comunicado completo de Çalhanoglu:
Após a lesão sofrida na final da Liga dos Campeões, decidimos partir para os Estados Unidos mesmo assim. Estar lá, mesmo sem entrar em campo, foi importante para mim. Eu queria estar perto do grupo, dar o meu apoio. Infelizmente, durante um treino nos Estados Unidos, sofri outra lesão em uma área diferente. O diagnóstico foi claro: uma ruptura muscular. Por isso não pude jogar. Não há mais nada. Nenhum histórico. Ontem perdemos. E dói. Vivi isso com tristeza, não apenas como jogador de futebol, mas como alguém que realmente se importa com esta equipe. Apesar da lesão, logo após o apito final, liguei para alguns companheiros de equipe para demonstrar meu apoio. Porque quando você se importa, é isso que você faz. O que mais me marcou, no entanto, foram as palavras que vieram depois. Palavras duras. Palavras que dividem, não unem. Ao longo da minha carreira, nunca procurei desculpas. Sempre assumi minhas responsabilidades. E nos momentos difíceis, sempre tentei ser uma referência. Não com palavras, mas com ações.
Respeito todas as opiniões, até mesmo a de um companheiro de equipe, até mesmo a do presidente. Mas o respeito não pode ser unilateral. Sempre o demonstrei, dentro e fora de campo. E acredito que no futebol, como na vida, a verdadeira força está em saber respeitar o outro, principalmente nos momentos mais delicados. Nunca traí esta camisa. Nunca disse que não era feliz na Inter. No passado, recebi ofertas, mesmo muito importantes, mas escolhi ficar. Porque sei o que esta camisa representa. E achei que minhas escolhas falavam por si. Tive a honra de ser capitão da minha seleção e aprendi que o verdadeiro líder é aquele que fica ao lado dos companheiros, não aquele que procura alguém para culpar quando é mais fácil fazê-lo. Eu amo este esporte. Eu amo este clube. E eu amo estas cores. Dei tudo todos os dias. O futuro? Veremos. Mas a história sempre lembrará quem permaneceu de pé. Não quem levantou a voz mais alto.