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Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017

CSA conquista título inédito da Série C, enquanto que ASA foi rebaixado; CRB é tricampeão alagoano e decepciona na Segundona

O ano de 2017 para o esporte alagoano foi repleto de altos e baixos. Enquanto que em algumas modalidades Alagoas conseguiu destaques positivos no âmbito nacional e internacional, no futebol - maior paixão popular - os resultados não foram, exatamente, como o esperado para todos os clubes. Nesta temporada, cinco times representaram o estado nas divisões nacionais do futebol. No entanto, apenas o CSA conseguiu brilhar, sagrando-se campeão brasileiro da terceira divisão.

Na Série B, o CRB não foi nada bem e, por pouco, não foi rebaixado. Já o ASA não resistiu à Série C e acabou indo parar na quarta divisão nacional em 2018. Por sua vez, Murici e Coruripe, mais uma vez, não conseguiram realizar boas campanhas no Campeonato Brasileiro da Série D e se despediram precocemente na primeira fase da competição nacional.

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Para relembrar os momentos principais do esporte alagoano neste ano, aGazetawebpreparou uma retrospectiva dos campeonatos em que os clubes alagoanos estiveram presentes, além dos destaques nas demais modalidades.

Campeonato Alagoano

Como acontece em todos os anos, CRB e CSA entraram no Campeonato Alagoano de 2017 como favoritos ao título, inclusive por terem feito a final do certame estadual no ano anterior. Entretanto, o grande destaque da competição foi o ASA, que, comandado pelo técnico Maurílio Silva - eleito como melhor treinador da competição -, chegou a encantar seus torcedores com o bom futebol apresentado dentro de campo.

Durante toda a primeira fase da competição, CRB, CSA e ASA estiveram sempre acima dos demais adversários e garantiram suas classificações para o hexagonal com tranquilidade. Na segunda fase, as equipes do CEO, Murici e Santa Rita também entraram na competição. Enquanto que CSE, Sete de Setembro, Coruripe e Miguelense definiram suas permanências no chamado "quadrangular da morte". Por fim, Sete de Setembro e Miguelense acabaram rebaixados para a segunda divisão estadual.

Apesar de ter feito uma grande campanha durante a primeira fase, como o 2º colocado do Grupo A, o CEO, ao lado do Santa Rita, deixou o certame no hexagonal, fazendo com que os confrontos das semifinais fossem formados por CRB x Murici, além do clássico entre CSA x ASA.

Após dois confrontos emocionantes, CSA e CRB chegaram à grande decisão do Alagoano. No jogo de ida, Neto Baiano aproveitou a falha da zaga azulina e marcou o gol da vitória do Galo. Na finalíssima, o CSA até tentou esbanjar uma reação, mas não teve sucesso e o Alvirrubro acabou vencendo a partida por 3x2, com Neto Baiano mais uma vez marcando e decretando o 30º título estadual para o Galo.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Copa do Nordeste

O sorteio do Nordestão deste ano colocou os rivais CSA e CRB lado a lado no grupo D da competição, junto com Itabaiana-SE e ABC-RN. No primeiro clássico, com mando de campo do Galo, o Alvirrubro derrotou o Azulão pelo placar de 2x1. Após duas rodadas, eles voltaram a se encontrar - desta vez com os azulinos em maior número - e o clube marujo devolveu a derrota, vencendo nos acréscimos com gol de Thiago Potiguar.

Apesar de grande expectativa criada por parte de todos os torcedores, no final, os representantes de Alagoas não conseguiram sequer avançar para o mata-mata da competição e sucumbiram diante da ótima campanha realizada pelo Itabaiana-SE.

O clube sergipano terminou a fase classificatória na liderança do grupo D, com 11 pontos conquistados e apenas uma derrota. Por sua vez, o Galo, mesmo ficando na segunda posição, com 9 pontos, acabou eliminado por não ficar entre os melhores segundos colocados - como previa o regulamento do torneio.

Já o CSA, encerrou a competição na lanterna do grupo, com 6 pontos.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Copa do Brasil

Na primeira competição nacional, CSA e CRB mais uma vez decepcionaram. O Azulão foi eliminado após sofrer uma goleada por 4x1 para o Sport Recife no Estádio Rei Pelé. O Galo, por sua vez, tinha tudo para avançar de fase enfrentando o Altos-PI, fora de casa. Mas, nem a vantagem do empate foi capaz de ajudar o clube regatiano, que acabou derrotado por 2x0 e deu adeus a competição.

Por outro lado, ASA e Murici foram longe no mata-mata nacional, e conseguiram chegar até a terceira fase da Copa do Brasil. Após eliminar Ferroviária-SP e Coritiba, o Alvinegro deixou o sonho de fazer história na competição, após ser derrotado nos pênaltis para o Paraná Clube. Já o Alviverde fez uma campanha histórica, passando por Juventude e América-MG, mas foi eliminado após ser derrotado pelo Cruzeiro nas duas partidas decisivas em Murici e Belo Horizonte.

Série C: Azulão campeão e ASA rebaixado

A Série C deste ano reservou fortes emoções para os torcedores de CSA e ASA. Disposto a retornar à segunda divisão nacional, o clube marujo investiu forte e reforçou o elenco com jogadores experientes, como, por exemplo, os volantes Boquita e Rosinei que já atuaram por grandes clubes do futebol nacional.

Ao contrário do CSA, o ASA sofreu com a crise financeira instalada no clube e montou um grupo modesto, que dependeu bastante das boas atuações do atacante Leandro Kível - artilheiro do Campeonato Alagoano 2017.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Com apenas duas vitórias em 18 jogos e 13 pontos conquistados durante toda a fase classificatória da Terceirona, o Fantasma arapiraquense acabou rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro, enquanto que o CSA avançou às quartas de final na segunda colocação do grupo, somando 32 pontos.

Nas quartas, o Azulão encarou a Tombense-MG em dois jogos inesquecíveis para o torcedor. No primeiro, em Tombos, o CSA deu um grande passo rumo ao acesso, após vencer os donos da casa por 2x0, com gols do artilheiro Michel Douglas e do volante Boquita. Na volta, diante de um Trapichão lotado, Edinho marcou e garantiu a vitória que colocou o time marujo de volta a Série B do Brasileirão.

Já garantido na Segundona, o principal objetivo passou a ser o título. O adversário na semifinal foi o São Bento-SP, e o CSA bateu o outro Azulão por 1x0, no interior paulista. Porém, na volta em Maceió, o representante alagoano não teve vida fácil e acabou derrotado por 1x0, placar que levou a decisão para os pênaltis. Nas penalidades, brilhou a estrela do goleiro Mota e o CSA chegou à final, vencendo por 4x2.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Na decisão, o Azulão encarou o Fortaleza - um dos favoritos ao título. Após vencer na Arena Castelão por 2x1, o time do Mutange soube administrar o segundo jogo em Maceió, e ergueu o seu primeiro título nacional, após um empate histórico em 0x0 com o Leão.

Galo na Série B

Único representante alagoano na Segundona, o CRB viveu momentos distintos nesta temporada no certame nacional. Comandado pelo técnico Léo Condé, o Galo estreou vencendo o Ceará por 1x0, no Estádio Rei Pelé, o que fez com que a torcida regatiana sonhasse com mais uma ótima campanha do Alvirrubro na competição - repetindo o feito de 2016 quando o clube terminou em 7º.

Porém, não foi o que aconteceu. Após empatar com Luverdense (fora de casa) e vencer o Santa Cruz no Trapichão, pela 2ª e 3ª rodada, respectivamente, o clube amargou uma sequência de cinco derrotas consecutivas, o que fez com que a direção do clube optasse pela demissão de Condé.

O pernambucano Dado Cavalcanti foi o escolhido para recolocar o Galo nos caminhos das vitórias e até conseguiu bons resultados. Com Dado, o CRB voltou a vencer e ostentou por oito jogos uma invencibilidade no Brasileiro que fizeram com que o clube chegasse até o G4 no fim do primeiro turno.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoa

Entretanto, a queda de rendimento da equipe na segunda metade do campeonato, a aproximação com o Z4 fizeram novamente a direção trocar de treinador e repatriar Mazola Júnior. Apesar da derrota para o Criciúma na estreia em pleno Rei Pelé, e de resultados adversos na reta final da Segundona, Mazola conseguiu ajustar o time e garantiu a permanência do Galo na segunda divisão nacional para 2018, terminando na 15ª colocação.

Murici e Coruripe eliminados na Série D

Coruripe e Murici foram os representantes de Alagoas no Campeonato Brasileiro da Série D. Apesar das tentativas de ambas as equipes em fazer uma boa campanha no certame nacional, os alviverdes não se saíram bem e acabaram eliminados logo na fase inicial.

No grupo A7, ao lado de Juazeirense-BA, Sousa-PB e Central de Caruaru, o Hulk não conseguiu fazer valer o seu mando de campo e encerrou sua participação na terceira colocação com 7 pontos. O Murici, por sua vez, até venceu dois de seus jogos como mandante, mas, por não ter sequer pontuado como visitante, despediu-se da competição na lanterna da sua chave com 6 pontos. O time alviverde estava no grupo A9, junto de América-RN, Jacobina-BA e Sergipe.


				
					Retrospectiva: esporte alagoano viveu pontos altos e baixos em 2017
FOTO: Reprodução/Assessoria

Alagoas brilha em outros esportes

Em 2017, alguns atletas alagoanos também brilharam no cenário nacional e internacional. Construindo sua carreira nos EUA, o judoca Gabriel Mendes vem se destacando nos tatames da terra do Tio Sam e nesta temporada não saiu derrotado em nenhum combate. Foram nove medalhas de ouro em nove competições, que fazem o atleta sonhar em um dia defender a seleção americana de judô nos jogos olímpicos.

Outra que também levou o nome de Alagoas ao alto do pódio no judô, foi a jovem de 14 anos Hemily Lopes. A atleta de Satuba conquistou duas medalhas, sendo uma de ouro e a outra de prata, no Campeonato Sul-Americano de Judô Sub-15, realizado em Lima, no Peru, nos dias 4 e 5 de novembro.

Com muita precisão, a alagoana Júlia Nunes voltou a brilhar no tiro esportivo neste ano. A atleta sagrou-se bicampeã brasileira em novembro, ao vencer o campeonato disputado no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, que contou com mais de 1.000 atiradores de todo o país.

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