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Filme de alagoano protagonizado por Gaby Amarantos ganha pôster oficial e data de estreia

Cantora e atriz encara sua primeira protagonista no longa de René Guerra, que chega aos cinemas no dia 24 de novembro

Uma irreverente e fatal cantora de forró viaja pelo Nordeste embalando corações apaixonados com seu forró pesado e, de quebra, deixando um rastro de sangue e mortes. Essa é a premissa da comédia “Serial Kelly”, filme que marca a estreia do alagoano René Guerra na direção de longas-metragens — e também de Gaby Amarantos, que incorpora sua primeira protagonista. O filme chega aos cinemas no dia 24 de novembro e acaba de ganhar um pôster oficial.

Ácida, transgressora e completamente diferente do que estamos acostumados a ver nas telonas e no cinema nacional, o filme roteirizado por Guerra e Marcelo Caetano traz uma personagem feminina forte, dona de si e senhora dos seus desejos. Kelly é uma estrela em ascensão e a primeira serial killer feminina do Brasil.

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Dona de um talento inquestionável, Kelly sofre no mercado de trabalho por ser mulher. Enquanto busca sua grande chance, ela começa a ser investigada pelo assassinato de três homens. “Ela ama comer, transar e matar. Mas nem tudo está na superfície. Existem marcas nessa personagem trágica e na relação entre as mulheridades do filme que deixam o longa no limiar entre a tragédia e a comédia”, explica o diretor.

Com a fotografia vibrante de Pedro Urano, “Serial Kelly” apresenta um Nordeste contemporâneo, cheio de energia e em constante transformação, mas também apocalíptico, no limite entre a realidade e a fantasia.

“TUDO NO FILME É POLÍTICO”

Imagem ilustrativa da imagem Filme de alagoano protagonizado por Gaby Amarantos ganha pôster oficial e data de estreia
| Foto: Reprodução

Para René Guerra, a cantora belenense é a intérprete ideal para a cantora Kelly. “Gaby Amarantos é uma das artistas mais corajosas que conheço. Tudo no filme é político. Não rimos da Kelly, rimos do absurdo que está no entorno dela. E da impossibilidade de evitar a pulsão trágica que permeia a personagem”, defende.

O filme também é marcado pela celebração da pluralidade, com um elenco composto por uma grande diversidade de atores e atrizes, apontando para todos os tipos de gênero e fugindo do padrão de beleza convencional, não-binário e cheio de glamour, com artistas que representam todas as classes populares.

O roteiro de “Serial Kelly” foi construído em etapas, ao longo dos últimos doze anos. “Em terra de matador, mulher que mata é serial killer”, diz a delegada, interpretada por Paula Cohen, num programa de televisão, e esse é o mote do filme, que discute o peso do patriarcado no Brasil.

Em 2010, junto com Caetano e Maíra Mesquita, René Guerra começou a pesquisa para o longa. “Mas o filme é uma metáfora de memórias pessoais, um olhar debochado e amoral como forma de ver um Brasil tão surreal quanto dolorido”, complementa.

Imagem ilustrativa da imagem Filme de alagoano protagonizado por Gaby Amarantos ganha pôster oficial e data de estreia
| Foto: Reprodução

Já a trilha sonora, inclui ainda uma versão nacionalizada do clássico dos anos de 1970, da banda Talking Heads, “Psyco Killer”, além de músicas como “Vai com Deus”, “Mestiça” e “Me usa”.

A equipe artística do longa ainda conta com Eva Randolph, na montagem; Tarcila Jacob e Clara Machado assinam o desenho de produção; Karen Araújo, a direção de arte; Kika Lopes, o figurino; e Uirandê Holanda, a maquiagem.

Confira a sinopse de 'Serial Kelly'

Enquanto cumpre uma agenda de shows em inferninhos pelo sertão, Kelly, uma cantora de forró eletrônico, também vai deixando um rastro de mortes pelo caminho. Em seu trajeto de consumo compulsivo e violência, ela atravessa um nordeste novo, espiral de um desenvolvimento também apocalíptico. Quando passa a ser investigada por assassinatos, sua turnê mambembe também se transforma em uma estratégia de fuga. E de estrela ascendente ela se torna uma heroína marginal, a temida e procurada Serial Kelly, a primeira serial killer mulher do Brasil.

René Guerra

Imagem ilustrativa da imagem Filme de alagoano protagonizado por Gaby Amarantos ganha pôster oficial e data de estreia
| Foto: Reprodução

René Guerra é diretor de cinema, roteirista, dramaturgo e preparador de elenco. Saiu de Alagoas ainda na juventude, quando se mudou para São Paulo. Se tornou mestre em Artes Cênicas pela Unicamp, com uma extensa pesquisa voltada para a teatralidade do real. Também estudou cinema pela FAAP. O alagoano também é ativista LGBTQIA+.

Escreveu e dirigiu “Os Sapatos de Aristeu”, seu primeiro, aclamado e premiado curta-metragem, Sua obra é seguida por “Quem Matou Cris Negão” e “Vaca Profana”, dois outros curtas-metragens, que fazem parte de uma trilogia que aprofunda a sua relação com o universo Trans. O programa infantil Guigo Off-line (2017), da TV Cultura, também teve sua assinatura na direção. Além do longa-metragem “Serial Kelly”, René está na fase de finalização de “Lili e as Libélulas”, da produtora Preta Portê Filmes.

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