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Alexandre de Moraes nega devolução de passaporte para Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro disse ter sido sido convidado para a posse de Donald Trump, nos Estados Unidos


			
				Alexandre de Moraes nega devolução de passaporte para Bolsonaro
Alexandre de Moraes negou pedido de Jair Bolsonaro. Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ir à posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, prevista para ocorrer em 20 de janeiro. Moraes toma a decisão após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar contra o pedido. Consequentemente, Moraes também indeferiu solicitação de devolução, mesmo que temporária, do passaporte do ex-mandatário.

Por que o documento foi negado?

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  • Não cumprimento de decisão anterior: segundo a decisão, a defesa de Jair Bolsonaro não apresentou um documento oficial comprovando o convite para a posse do Presidente dos Estados Unidos, conforme solicitado em decisão anterior. A defesa apenas reiterou a veracidade de um e-mail não oficial.
  • Ausência de interesse público relevante: a viagem tinha fins estritamente particulares e não apresentava um interesse público que justificasse a revogação das medidas cautelares.
  • Risco de fuga: a decisão destacou que o cenário que levou à imposição das medidas cautelares, como a proibição de se ausentar do país, ainda se mantém já que as investigações contra o ex-presidente ainda estão em andamento e há um risco de que o investigado tente fugir.
  • Indiciamento e declarações de intenção de fuga: após o indiciamento pela Polícia Federal (PF). Bolsonaro cogitou a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada. Além disso, ele manifestou apoio à fuga de outros condenados.
  • Manutenção da necessidade e adequação das medidas cautelares: as circunstâncias do caso, incluindo a gravidade dos crimes imputados e a necessidade de garantir a aplicação da lei penal e a efetividade da investigação, justificam a manutenção das restrições.

“Não há dúvidas que, desde a decisão unânime da Primeira Turma, não houve qualquer alteração fática que justifique a revogação da medida cautelar, pois o cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados”, disse Moraes na decisão.

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