Para educar um filho escolhemos um caminho, um estilo, valores da nossa família, ideais de vida e em meio a esses pensamentos acontecem as expectativas sobre a maternidade, especialmente sobre a mulher que em 90% das vezes coordena os lares.
Estou falando aqui daqueles famosos palpites:
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- Nunca deixe dormir na sua cama
- Não dê chupeta
- Não dê colo o tempo todo
- Não aceite seu filho falar alto com você
Esses palpites em muitas vezes acabam se tornando uma cobrança dentro de nós. E, é necessário equilíbrio para lidar com a cobrança da sociedade e principalmente com a autocobrança.
Muitas vezes, para atingir essas expectativas, levamos a educação de alguma forma, que são os estilos parentais. As nossas ações com nossas crianças.
Vamos conversar sobre eles e como isso impacta na saúde da mulher.
Primeiro vamos esclarecer a diferença entre autoritarismo e autoridade
O Autoritário – abusa do seu poder, que sua vontade satisfeita a qualquer custo, sem diálogo ou justificativa. Quando a vontade do pai sobrepõe a qualquer necessidade do filho, antidemocrático.
Autoridade – líder, quem indica o que deve ser feito, envolve postura, respeito.
neste contexto é um conjunto de regras que servirão para o melhor organização e funcionamento da vida, família...
A mãe autoritária deseja que:
-Sua vontade seja cumprida a qualquer custo
- Comportamentos excessivamente controladores
- Pouco diálogo
- Emoções são um sinal de fraqueza – ridicularizando o choro
Adolescentes criados sob regras rígidas e inflexíveis costumam ser introspectivos e ter mais dificuldade de se relacionar socialmente. Em muitos casos, adotam uma vida dupla: em casa, obedecem aos pais, calados. E, com poucos amigos conseguem ser autênticos e livres.
O ponto bastante negativo e questionado do estilo de criação autoritário é a punição. Essa prática tenta corrigir comportamentos sem oferecer espaço para chegar ao consenso.
Mas aqui já cabe pensar que nossos filhos nos têm como espelho, e quando menos esperamos inicia um efeito Boomerang
Pois eu vou receber de volta tudo aqui que eu dei.
E relacionando isso a saúde da mulher, ao observar meu filho e esperar qualquer atitude de carinho não verei, eu não ensinei isso a ele.
O que mais ensinei foi a ficar calado e obedecer a ordens.
Então eu, mãe que tentei criar um filho que busque autonomia, seja proativo, viverei a frustração.
É bem comum nas expectativas da educação que a mãe opta oferecer aos filhos ser influenciada geralmente por duas situações:
1- Costumes que fomos criados. Repetindo as crenças
2- Caminho oposto, suprir o que não tivemos. Compensando a falta.
Por conta deste segundo item, pode se adotar um estilo de educação permissiva, baseado na ideia de que intervir o mínimo possível na vida dos nossos filhos.
Uma mãe me disse em atendimento, que ver o filho querer algo e não ter, é a maior dor para o seu coração.
Ou seja, ela não consegue lidar nem com a frustração dela, e não está ensinando seu filho também.
Uma criação bem vinculada ao TER e não o SER,
Essa mãe não imagina que suas ações dão ao filho:
- uma sensação de abandono,
-falta de atenção e orientação
-Incapacidade de estabelecer laços saudáveis dentro e fora do núcleo familiar.
-Má percepção da realidade
E se pensarmos de novo, o efeito Boomerang
Essa mãe deseja de volta todo esse “cuidado” e não recebe.
CAMINHO DO MEIO – Educação com a Disciplina Consciente
Não se trata de que tudo seja preto ou branco, rígido ou flexível,
mas sim de saber encontrar um meio-termo.
Haverá momentos nos quais é necessário usar sua autoridade e haverá momentos nos quais é possível ser mais permissiva.
Uma educação com limites saudáveis é essencial para que as crianças cresçam de forma saudável e se preparem adequadamente para a vida adulta.
Hoje, vamos mergulhar em uma discussão crucial sobre educação consciente, um caminho que nos permite encontrar o equilíbrio ideal na criação dos nossos filhos. Quando se trata de educar nossos filhos, muitas vezes nos deparamos com extremos: a educação permissiva, onde tudo é permitido, ou a educação punitiva, baseada em punições e rigidez.
No entanto, é fundamental entender que o meio do caminho pode ser a solução que buscamos. A disciplina consciente é um conceito poderoso que nos ajuda a estabelecer limites saudáveis e criar um ambiente de apoio para o crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos.
Mas afinal, o que é disciplina consciente? É um método que envolve uma combinação de amor, respeito, firmeza e empatia na educação dos nossos filhos.
Uma das técnicas importantes na disciplina consciente é a comunicação não violenta. Isso significa expressar nossos sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa, permitindo que nossos filhos também expressem os deles. É uma maneira de estabelecer uma conexão emocional sólida, promovendo um ambiente seguro e acolhedor para que eles possam se expressar livremente.
Outra técnica valiosa é o estabelecimento de limites com amor e firmeza. Os limites são necessários para que as crianças possam aprender sobre responsabilidade, respeito mútuo e autocuidado. Ao estabelecer limites claros, é importante ser consistente e encorajado, adaptados à idade e ao entendimento da criança. Lembre-se de que a proteção é fundamental para que as crianças compreendam e sigam as regras protegidas.
Além disso, é essencial encorajar a autonomia e a tomada de decisões das crianças sempre que possível. Permita que elas expressem suas opiniões, escolham dentro de limites adequados e assumam responsabilidades complementares. Dessa forma, prepararemos nossos filhos para se tornarem adultos independentes, confiantes e conscientes das consequências de suas ações.
Ao adotarmos a disciplina consciente, estamos oferecendo às nossas crianças uma base sólida para a vida adulta. Pois ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento saudável e equilibrado das crianças, impactando positivamente seu desenvolvimento cerebral, cognitivo e emocional. Estudos têm demonstrado que a educação consciente está associada a mudanças positivas no cérebro das crianças. Práticas da educação tem mostrado aumentar a atividade do córtex pré-frontal, região responsável pela autorregulação emocional, tomada de decisões e empatia. Isso fortalece as habilidades executivas e a capacidade de lidar com emoções de maneira saudável
Portanto, a chave para uma educação eficaz e saudável é encontrar um equilíbrio entre os extremos, e é aí que entra uma disciplina consciente. A disciplina consciente se baseia em estabelecer limites claros, porém flexíveis, com uma abordagem respeitosa e empática em relação às necessidades e emoções das crianças.
Mas especialmente para que você MULHER, tenho tempo para si, consiga realizar autocuidado.
Stephany Porto
Instagram: @stephanyporto_
Neuropsicopedagoga e Educadora Parental.