Quatro senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem desembarcaram em Maceió, no fim da manhã desta quarta-feira (8), para uma inspeção nos bairros afetados pela mineração e reuniões com órgãos de controle.
A comitiva é formada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM); o relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE); além dos senadores Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e Dr. Hiran (PP-RR). Todos estão acompanhados por assessores parlamentares.
Leia também
Assim que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no Aeroporto de Maceió, os senadores falaram com a imprensa e destacaram a programação do dia. Eles também foram recepcionados por um grupo que faz parte do Movimento das vítimas da Braskem.
O primeiro compromisso da CPI na capital é um encontro no Flexal de Baixo, no bairro de Bebedouro, localidade com ilhamento social e econômico. A visita ainda prevê uma reunião com procuradores do Ministério Público Federal (MPF), um diálogo com moradores e empreendedores e uma entrevista coletiva.
O cronograma a ser seguido pela comitiva na capital foi organizado com base na investigação do desastre ambiental feita até o momento e nas contribuições da população encaminhadas pelo hotsite criado pela CPI da Braskem.
Com os relatos e informações que receberam ao longo da investigação, os senadores estão direcionados a solicitar, no relatório final, a realocação com compensação financeira da população dos Flexais. Eles se dizem comovidos com a situação enfrentada por estes moradores e receberam apelos de todo o tipo para que pudessem conferir de perto o cenário.
Um sobrevoo dos bairros desocupados consta na programação, mas a diligência depende de fatores climáticos e de logística para acontecer, assim como visitas a locais de interesse da CPI e reuniões com outras autoridades de órgãos de controle, fiscalização, da companhia e do Executivo em Maceió.
O senador Rogério Carvalho garantiu que vai apresentar o relatório final da comissão no dia 15 de maio. Ele adiantou que, dentre os encaminhamentos a serem dados, deve ter o pedido de revisão dos acordos firmados pela petroquímica.
No momento, a principal questão com relação aos acordos é o valor do dano moral, que foi pago por terreno ao invés de ser pago por pessoa. Além disso, questiona-se a transferência da propriedade para a Braskem.