Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

Denúncia contra Lula é crime estadual e triplex era destinado a ele, diz MP

Promotores ofereceram denúncia contra ex-presidente e mais 15 pessoas

O

Ministério Público de São Paulo explicou em entrevista coletiva

Leia também

nesta quinta-feira (10) os motivos que levaram o órgão a formalizar

à Justiça a denúncia contra o ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silvapelos

crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por causa da

suposta compra de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de

São Paulo. O MP diz ainda que a soma de testemunhos e documentos

levam à única conclusão de que o imóvel era destinado a Lula. A

defesa de Lula nega que o ex-presidente seja proprietário do

triplex.

Segundo

os promotores, testemunhas e documentos atestam que Lula cometeu dois

crimes: falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Falsidade

ideológica: declaração falsa no Imposto de Renda de 2015 assumindo

a propriedade de outro apartamento, não o tríplex, no edifício

Solaris, em Guarujá. A declaração foi exposta pelo

próprioInstituto Lulaem

sua página na internet.

Lavagem

de dinheiro: ocultação do triplex, mantido sempre em nome da

construtoraOAS.

uma soma de testemunhos e documentos. Só não houve a terceira etapa

da integralização porque um órgão de imprensa noticiou essa

situação e eles resolveram por bem largar aquele imóvel às

pressas. Por essa razão a lavagem de dinheiro não se perpetuou",

disse o promotor Cassio Conserino. "Desde sempre aquele imóvel esteve reservado para o ex-presidente. A OAS nunca comercializou

aquele imóvel. A ordem era essa, segundo depoimento dos corretores".

"Nada

na investigação é fruto de invencionice ou especulação. É tudo

testemunha e documento", ressaltou o promotor.

O

promotor disse ainda que não há invasão de atribuição ou

competência, e sim a leitura de uma investigação feita há seis

anos, que culminou em uma denúncia por crimes de estelionato, agora

novamente reproduzidos. "Essa investigação é desdobramento de

uma investigação feita há seis anos. São crimes estaduais de

estelionato, falsidade ideológica que estão em contexto de crimes

estaduais", disse Conserino.

"Esses

fatos que hoje viraram denúncia já ocorriam. A questão envolvendo

o triplex é dividida. Enquanto o apartamento diz respeito a essa

questão, o que tem dentro,  reforma integral, a mobília da

cozinha, os demais ambientes, e o sítio em Atibaia pertencem ao

Ministério Público Federal e à Lava Jato".

Os

promotores afirmaram ainda que vão pedir o compartilhamento de

algumas provas obtidas pela investigação de São Paulo com a feita

pela Operação Lava Jato, e vice-versa. "As investigações se

complementam, cada uma em sua esfera de investigação", afirmou

Conserino.

Conserino

disse que há diversos crimes de estelionato e falsidade ideológica,

e um tentáculo da organização acontece no Guarujá, relacionado ao

triplex ligado ao ex-presidente Lula. "Enquanto milhares de

famílias ficaram sem seus apartamentos e se viram despojadas do

sonho da casa própria, um dos investigados foi contemplado por um

triplex. Esse é o mote da denúncia", afirmou.

"A

investigação se consubstanciou em provas processuais e documentais.

Duas dezenas de pessoas nos relataram que o tríplex do Guarujá era

destinado ao ex-presidente Lula e sua família. Entre elas

funcionários do prédio, moradores, a porteira, o zelador,

funcionários da OAS, ex-funcionários", disse Conserino sobre

provas contra o ex-presidente Lula.

O

promotor Fernando Henrique de Moraes Araújo disse que todos os

investigados tiveram acesso a todos os documentos da investigação

desde o começo, tanto que entraram com procedimentos protelatórios.

O

promotor José Carlos Blat disse que o casoBancoopestá

praticamente em fase de encerramento - a sentença deve sair em 15

dias.

Juíza vai analisar denúncia

A

juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, de São Paulo, decidirá se o

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai virar réu na denúncia

dos promotores paulistas por ocultar patrimônio -  um

apartamento triplex do Guarujá. A denúncia do Ministério Público

Estadual vai ser analisada pela quarta vara criminal da Justiça de

São Paulo. O MP diz que não há expectativa para o prazo de que a

Justiça aceite ou não a denúncia. "São 7,5 mil folhas de

investigação. É prematuro e temerário qualquer comentário sobre

prazo para o juiz decidir", disse Conserino.

Segundo

os promotores, a pena por lavagem de dinheiro vai de 3 a 10 anos, e

por falsidade ideológica de 1 a 3 anos.

O

ex-presidente, a mulher dele, Marisa Letícia, e o filho foram

denunciados pelo Ministério Público Estadual na quarta-feira (9).

Outras 13 pessoas também foram denunciadas. Este é um inquérito

que corre em São Paulo, sem relação com a Operação Lava Jato.

Oex-presidente foi denunciado pelos promotorespor

falsidade ideológica e lavagem de dinheiro - por ter ocultado a

propriedade do triplex. Dona Marisa Letícia foi denunciada por

lavagem de dinheiro. O filho deles, Fábio Luís Lula da Silva, o

Lulinha, foi denunciado por participação em lavagem de dinheiro.

As

outras 13 pessoas foram denunciadas pelos crimes de estelionato,

organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro,

entre elas estão: o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da

Bancoop,João Vaccari Netoe

o ex-presidente da construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho,

o Léo Pinheiro.

Para

essas 16 pessoas virarem réus, a denúncia precisa ser aceita pela

Justiça paulista.

A

denúncia já está nas mãos da juíza. Primeiro, ela vai analisar

as acusações dos promotores. Se decidir dar início ao processo

criminal, os réus serão chamados para apresentarem uma defesa

preliminar. A partir daí, a juíza decide se dá seguimento ou não

processo.

Investigação


Depois

de ouvir mais de cem pessoas na investigação que apurou

irregularidades na Cooperativa dos Bancários de São Paulo, a

Bancoop, os promotores concluíram que o ex-presidente é o dono do

triplex 164-A, do condomínio Solaris, no Guarujá. No entanto, na

escritura do imóvel, o triplex está em nome da construtora OAS.

A

denúncia afirma que a OAS, investigada na Operação Lava Jato,

reservou o apartamento para o ex-presidente e pagou mais de R$ 700

mil pela reforma do imóvel.

O

ex-presidente foi chamado pelos promotores para depor, mas não

compareceu. No dia em que o depoimento estava marcado no Fórum da

Barra Funda,houve confronto entre manifestantes a favor e contraLula.

A

denúncia do Ministério Público Estadual não tem relação com a

Operação Lava Jato, que levou Lula aprestar depoimento coercitivamentena

semana passada.

'Nenhuma

ilegalidade'


O

Instituto Lula declarou que "o ex-presidente não cometeu

nenhuma ilegalidade e não é dono do apartamento no Guarujá, nem do

sítio em Atibaia". Segundo o Instituto, o promotor Cassio

Conserino já tinha anunciado que faria a denúncia, no dia 22 de

janeiro, na Revista Veja - o que mostra que ele não é imparcial. O

Instituto disse ainda que o promotor não é o natural do caso e que

há um recurso no Supremo Tribunal Federal sobre a competência desta

investigação - se é do Ministério Público Federal ou do

Ministério Público de São Paulo.

O

advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, também repetiu os

argumentos. Em nota, disse que a denúncia tem a intenção

deliberada de macular a imagem de Lula. A nota diz ainda que o

promotor Conserino transformou duas visitas a um apartamento no

Guarujá em ocultação de patrimônio.

Segundo

o advogado, a conduta de promotor apenas confirma que o Ministério

Público de São Paulo e oMinistério Público Federalestão

investigando os mesmos fatos, apontando a necessidade de o Supremo

Tribunal Federal decidir sobre qual órgão do Ministério Público

tem competência para tratar do assunto.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas