
Apesar das imagens de câmeras de segurança e da confissão parcial, Robson Aragão, de 48 anos, suspeito de furtar celulares durante eventos escolares em Maceió foi liberado após prestar depoimento na Central de Flagrantes I, na noite dessa segunda-feira (12).
Segundo a Polícia Civil (PC), não havia flagrante no momento da abordagem, o que impediu a manutenção da prisão. A PC pede que vítimas compareçam à delegacia do bairro da Pitanguinha para formalizar a denúncia.
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Com cerca de dez passagens anteriores pela polícia por crimes contra o patrimônio, Robson é investigado por se infiltrar em atividades escolares abertas ao público, como apresentações e eventos esportivos, fingindo ser pai ou convidado e aproveitando-se da distração para furtar celulares e outros pertences deixados por estudantes.
A ocorrência mais recente foi registrada no último sábado (10), durante uma apresentação no ginásio de um colégio na parte alta da capital. Segundo relatos e imagens de circuito interno, o homem, vestido com camisa escura e calça jeans, agiu de forma natural entre os presentes antes de cometer o crime. Ele já foi identificado em ações semelhantes em pelo menos dois colégios particulares e em escolas públicas do Cepa, no bairro Farol.
De acordo com o delegado Sidney Tenório, Robson confessou ter furtado um celular que encontrou na arquibancada e disse ter vendido o aparelho por R$ 250 no Mercado da Produção. No entanto, como nenhuma vítima havia registrado boletim de ocorrência até o momento da detenção, a polícia optou por liberá-lo.
“Tínhamos imagens, mas não tínhamos vítimas. O delegado, então, colheu o interrogatório, fez a liberação para evitar o crime de abuso de autoridade e encaminhou o caso para os distritos responsáveis”, explicou o delegado.
A Polícia Civil agora pede que as vítimas compareçam à delegacia do bairro da Pitanguinha para formalizar a denúncia. É importante apresentar documentos de identificação do aparelho (como nota fiscal, número de série ou IMEI), para que o inquérito possa avançar e os aparelhos sejam rastreados, inclusive por meio do programa Celular Seguro, do governo federal.
As investigações seguem em andamento, com o delegado Denisson Albuquerque à frente do caso.