Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

“O quarto estava decorado esperando por ela”, desabafa irmã de mulher que morreu no parto

Bebê também morreu; família acusa a unidade de saúde de negligência e PC investiga o caso


			
				“O quarto estava decorado esperando por ela”, desabafa irmã de mulher que morreu no parto
Reprodução

O chá de fraldas já tinha sido realizado. As roupas, o berço e a cômoda já tinham sido comprados. O quarto da criança já estava decorado esperando por ela. Mas a expectativa de ter um novo membro na família se tornou um pesadelo para Eliane Cristina. A irmã dela, Daniele Lima, morreu durante o parto no dia 30 de abril, no Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca. Um dia depois, o bebê também faleceu. A família acusa a unidade de saúde de negligência.

“Seria a primeira filha dela”, disse Eliane Cristina. “Ela tinha comprado tudo, fraldas, roupas, berço, cômoda, o quarto estava decorado esperando por ela”, relatou a mulher ao recordar a expectativa em receber a bebê.

Leia também

Ela conta que a irmã fez todos os exames de pré-natal e os resultados apontavam que estava tudo bem.

“Pressão estava boa, a criança estava com o coração batendo normal, ela fez todos os exames, todos deram certo. Algum deu uns errinhos, mas ela foi lá, fez de novo, deu tudo certo”, comentou Eliane Cristina.


			
				“O quarto estava decorado esperando por ela”, desabafa irmã de mulher que morreu no parto
Reprodução

Ela desabafou sobre a perda da irmã. “Podia pelo menos ter salvado a vida da minha sobrinha, teríamos uma parte dela aqui e nós não temos nem isso para dizer que tem uma parte da minha irmã aqui”.

A morte está sendo investigada pelo delegado Matheus Enrique, que instaurou inquérito policial. "Iniciamos imediatamente as investigações para apurar as circunstâncias desses fatos e uma possível negligência médica", finalizou.

Vitória Cristina, que é prima de Daniele, relatou os momentos antes da gestante ir para o hospital e de falecer. Naquele dia 30, segundo Vitória, Daniele tinha ido para o Hospital Chama com dois dedos de dilatação. “Ela já estava sangrando”, conta.

No entanto, a gestante foi para casa, sendo orientada que, se sentisse dores mais fortes, voltasse à unidade de saúde. A prima conta que passou o dia todo com Daniele. Mas, por volta das 22h, Daniele relatou que não estava aguentando as dores e chamou a prima para ir ao hospital.

“A enfermeira olhou o coração do bebê. Estava batendo. Fez o toque, estava com três dedos de dilatação e mediu a pressão. Quando mediu a pressão, ela [enfermeira] não falou nada. Saiu da sala e foi chamar outra. A outra veio, mediu a pressão da Dani e falou assim para ela: ‘É o que você está pensando’. Aí a Dani disse: ‘Está acontecendo alguma coisa comigo?’. Aí ela [enfermeira] disse: ‘A sua pressão deu um pouquinho alta’. Chegou na sala do pré-parto, ela colocou o remédio na Dani, botou o soro e a médica chegou. Ela [a médica] fez uns testes nas costas da Dani, olhou para as enfermeiras e disse: ‘Não é o que vocês estão pensando’”, relatou a prima Vitória.

Na ocasião, Vitória disse que chegou a perguntar se Daniele precisaria ser internada. Mas a médica teria respondido que não, porque a situação já estava sendo resolvida.

“Quando a médica disse que não era o que elas estavam pensando e era dor muscular, elas relaxaram, não fizeram mais o internamento da Dani. Depois ela voltou com os documentos da Dani e me mandou fazer o internamento dela.”, relatou a prima.

Ela conta que a Daniele chorava e gritava. “Quando fez o toque na Dani, ela disse: ‘A bebê já quer nascer, já está aqui”. Em seguida, ela afirma que a bolsa não estourou sozinha e que foi preciso fazê-lo com uma pinça.

“Ela pediu para fazer força. A Dani fez três contrações fortes. Dani fez uma, duas, não conseguiu. Ela estava muito cansada e dizia: ‘Não vou conseguir, não vou conseguir’. Na terceira contração, ela fez bastante força, a bebê nasceu. Ela pegou a bebê, que estava com o cordão umbilical no pescoço. A Dani já estava aérea de tanta dor”, relatou.

Segundo a família, Daniele morreu horas depois na Unidade de Terapia Intensiva, após ter duas paradas cardíacas. A criança morreu no dia seguinte.

O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho afirmou, por meio de nota, que Daniele Lima da Silva tinha pré-eclâmpsia grave e sofreu uma "ruptura espontânea de hematoma subcapsular hepático" — condição no fígado que causa sangramento intenso.

"[A condição envolvia] síndrome de HELLP, pré-eclâmpsia grave e ruptura espontânea de hematoma subcapsular hepático, que culminou em hemorragia intra-abdominal maciça e, infelizmente, em choque hipovolêmico irreversível", informa a nota.

Em outro trecho, a unidade de saúde alegou que "não houve negligência médica" por parte da equipe médica e que, na verdade, a paciente apresentou "uma sucessão de complicações graves e raras, cujo desfecho não pôde ser revertido".

"Toda a equipe médica e multiprofissional adotou as condutas necessárias, dentro dos protocolos clínicos recomendados, desde o momento da admissão até as tentativas de estabilização da paciente", destacou o hospital.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X