
“Foi um momento angustiante para mim porque eu não tinha ninguém ali pra pedir socorro e se eu gritasse, quem sabe o que poderia acontecer comigo?”. O desabafo é da mulher que denunciou ter sido levada, de maneira forçada, para dentro de um motel por um falso pastor que atuava em Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió. Ele foi preso nessa segunda-feira (2) após a Justiça decretar a prisão preventiva dele.
À polícia, a mulher relatou que foi atraída pelo pastor com uma falsa promessa de emprego. Segundo a delegada Liana Franca, tudo começou quando a vítima informou que estava precisando de emprego. Ela frequentava a igreja onde o homem se passava por pastor. O caso ocorreu em dezembro de 2024.
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“Ele se ofereceu dizendo que teria um emprego garantido para ela e que, no dia seguinte, sairia umas seis horas da manhã para providenciar e realizar a vontade da jovem”, afirmou a delegada.
Segundo a denunciante, no dia seguinte, pela manhã, o pastor ligou pedindo para ela se ajeitar que ele iria buscá-la. “Eu me ajeitei, ele me buscou. Quando a gente estava indo sentido Maceió, ele entrou no motel e eu comecei a ficar desesperada ali”, relatou ela em entrevista à TV Gazeta.
De acordo com a mulher, ela tentou sair do carro, mas ele a trancou dentro do veículo. Em seguida, ela afirma que foi mantida presa dentro do motel, momento em que o falso pastor teria começado a usar entorpecente.
“Tirou o cinto. Eu já fiquei com medo. Abriu o frigobarzinho que tinha dentro do quarto. Tinha uma garrafa de vinho e eu comecei a ficar com medo. Só sabia chorar”, contou a mulher.
Ela ressalta que, no momento, estava sem internet e não conseguiu falar com ninguém para pedir ajudar. “Ele pegou o banquinho, colocou em frente a mim, aí começou a tocar em minhas partes. E eu empurrava a mão dele”, conta ela.
A mulher também disse que, no momento em que ela chorava o homem a ameaçava. “Se você chorar alto, vai acontecer o que você não quer”, conta ela, ressaltando que não houve penetração.
“Ele começou a falar alto comigo e eu só sabia chorar. Ele: ‘Cala a boca! Que não sei o quê’ e começou a gritar. Ele disse que estava com arma dentro do carro. Aí eu comecei a ficar com mais medo. Porque ele falou que se eu manchasse a reputação dele, ele ia me matar.”
Segundo a delegada Liana Franca, o falso pastor confessou que foi ao motel com a mulher e que consumiu drogas e bebidas alcoólicas. No entanto, afirma que não houve violência sexual.
Ele está sendo investigado por estupro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo. “Quero justiça. Eu tinha ele como uma pessoa da família”, declarou a mulher.