
A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) está mobilizada para investigar o desaparecimento de quatro jovens no estado, incluindo o caso de Ana Beatriz, adolescente de 15 anos que sumiu no dia 8 de abril, no centro de Maceió. Desde então, uma comissão especial composta por cinco delegados foi formada para atuar exclusivamente nesse caso, que já é tratado com a possibilidade de homicídio.
Além de Ana Beatriz, os desaparecimentos de Felipe da Silva Albino, conhecido como “Carioca”, Guilherme Santos e João Paulo Ferreira da Silva são alvos de investigação.
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Guilherme Santos desapareceu no dia 2 de fevereiro, em São Miguel dos Milagres. A mãe relatou que o filho teria ido a uma festa e, no dia seguinte, foi visto cortando o cabelo, mas não retornou mais para casa. Há informações de que Guilherme e um amigo teriam sido abordados pela polícia em outro evento, e os celulares deles foram apreendidos. A Polícia Civil investiga todas essas hipóteses.
Já Felipe da Silva Albino, de 17 anos, está desaparecido desde o ano passado. Conhecido como “Carioca”, ele foi visto pela última vez no bairro de Guaxuma, em Maceió. Com o caso ainda sem solução, as buscas foram retomadas recentemente. A mãe do adolescente foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fornecer material genético, que poderá ser usado em eventuais comparações com ossadas localizadas futuramente.
Outro caso em apuração é o de João Paulo Ferreira da Silva, que sumiu em Marechal Deodoro, pouco antes da Semana Santa. A polícia realizou buscas recentes após a família receber informações sobre um possível paradeiro, mas até o momento não houve sucesso.
Segundo o delegado Ronilson Medeiros, coordenador do Setor de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil, não há qualquer ligação entre os casos investigados. “Hoje temos mais visibilidade sobre o número de desaparecidos, o que antes era invisível. É importante que os familiares não esperem 24 horas para registrar boletim de ocorrência. Assim que o desaparecimento for percebido, a polícia deve ser acionada. Apesar dos casos, não há relação entre eles, o que demanda investigações distintas”, explicou.
Sobre Guilherme, o delegado afirmou que as investigações começaram imediatamente após o registro do caso. Já no caso de Felipe, as diligências envolveram o acionamento de Corpo de Bombeiros (CB) e Polícia MilitarPM), mas as buscas não localizaram o jovem. “Pedimos que a família continue cobrando, pois seguimos com as investigações”, reforçou.
A respeito de João Paulo, Ronilson destacou que a Delegacia de Marechal Deodoro está formalizando depoimentos para dar suporte às apurações.
E, sobre Ana Beatriz, o delegado reafirmou que o caso mobiliza toda a atenção da Polícia Civil. “Todas as medidas foram tomadas logo no início, como a coleta de imagens de câmeras de segurança. É um caso que tem atenção máxima da instituição.”
Ana Beatriz foi vista pela última vez após sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió, e teria deixado o local na garupa de uma motocicleta por aplicativo. Um homem já foi preso como suspeito de envolvimento. A comissão responsável pelo caso concedeu entrevista coletiva nessa quarta-feira (30), detalhando os esforços da polícia e as linhas de investigação em curso.