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Atropelador de NY é acusado formalmente por apoio a organização terrorista

Sayfullo Saipov foi indiciado por apoio material a organização terrorista e violência com veículo a motor após atropelar e matar oito pessoas

Sayfullo Saipov, o atropelador de Nova York, foi acusado formalmente por apoio material a uma organização terrorista e violência com veículo a motor.

A acusação foi anunciada pela Procuradoria do Distrito Sul de Nova York.

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Na tarde de terça-feira, Sayfullo Habibullaevic Saipov, de 29 anos, usou um caminhão para invadir uma ciclovia e via para pedestres em Nova York, atropelando diversas pessoas. O ato deixou oito pessoas mortas e pelo menos doze feridas.

Após atingir os ciclistas, o caminhão seguiu pela rua e bateu num ônibus escolar. O motorista saiu do veículo gritando "Allahu Akhbar" (Deus é Grande, em árabe), segundo testemunhas, e portando uma arma de paintball e outra de ar comprimido, sendo em seguida alvejado pela polícia e detido.

Dentro do caminhão a polícia encontrou um bilhete com referências ao Estado Islâmico. O governador de NY, Andrew Cuomo, confirmou que o autor do ataque é ligado ao grupo. "Ele é um depravado covarde e estava associado com o Estado Islâmico", declarou, segundo a France Presse.

Nesta quarta, a polícia diz ter encontrado 90 vídeos e 3.800 fotos no celular de Sayfullo Saipov, com inúmeras imagens do Estado Islâmico, incluindo do líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi. Entre os vídeos, há cenas de extrema violência, com prisioneiros sendo baleados no rosto, um homem sendo atropelado por um tanque e pelo menos uma cena de decapitação. Outro vídeo fornece instruções para fabricar explosivos caseiros.

De acordo com a Procuradoria do Distrito Sul de Nova York, em seus primeiros depoimentos, Saipov declarou que cometeu o ataque inspirado por vídeos do Estado Islâmico, especialmente um em que o líder al-Baghdadi perguntava o que muçulmanos nos EUA estavam fazendo para responder às mortes dos muçulmanos no Iraque.

Ele também contou que alugou outro caminhão em 22 de outubro para "praticar manobras" e que escolheu o Halloween para atacar por acreditar que nesta data haveria mais gente nas ruas. Saipov também afirmou que cogitou colocar uma bandeira do Estado Islâmico no caminhão na terça, mas mudou de ideia porque percebeu que chamaria muita atenção.

Ainda segundo a procuradoria, o autor do ataque sente orgulho e diz que "se sente bem" com o que fez. Ele chegou, inclusive, a provocar as autoridades pedindo uma bandeira do Estado Islâmico para decorar seu quarto no hospital, onde se recupera após ser baleado.

Uzbeque

Sayfullo Saipov é um imigrante uzbeque. Ele teria dois endereços nos Estados Unidos - um na Flórida e outro em Nova Jersey. As investigações apontam que ele estava morando, nas últimas semanas, em Paterson (Nova Jersey), onde teria alugado a caminhonete usada no ataque.

O autor do ataque vive legalmente nos EUA desde 2010, quando conseguiu um visto pela Loteria Diversidade de Vistos, que funciona por meio de um sorteio. Ele é casado desde 2013 e, segundo conhecidos, tem duas filhas e um filho.

'Animal'

Nesta quarta, o presidente Donald Trump chamou Saipov de "animal" e afirmou que pretende enviá-lo para a prisão de Guantánamo. "A minha administração está em estreita coordenação com funcionários federais e locais para investigar o ataque e este animal que o executou", disse Trump, "Certamente consideraria enviá-lo a Gitmo", acrescentou, usando a forma reduzida pela qual a prisão também é conhecida.

Ao saber que o autor do ataque era um imigrante contemplado pela Loteria Diversidade de Vistos, o presidente afirmou que pretende encerrar o programa, e que vistos para residência nos EUA deverão ser concedidos apenas "por mérito".

Vítimas

Seis pessoas morreram no local do ataque e duas foram pronunciadas mortas ao serem recebidas em um hospital, de acordo com a polícia. Entre os mortos estavam cinco argentinos que viajaram a Nova York para comemorar os 30 anos de formatura em um colégio na cidade de Rosario.

As outras vítimas eram uma belga de 31 anos, mãe de uma criança de três anos e outra de três meses, e dois jovens americanos.

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