
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas – Sindpol, que realizou, na última quarta-feira (14), uma manifestação em frente à Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE), afirmou que o ato foi pacífico. “Não houve invasão a nenhum setor da PGE”, afirma o sindicato.
Segundo o Sindpol, a mobilização teve como objetivo defender a "correção de uma injustiça": de acordo com a entidade, os policiais civis trabalham 40 horas semanais, mas recebem por apenas 30 horas, sem a devida compensação financeira.
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Porte de arma
Conforme o sindicato, durante o ato não houve qualquer ostentação de armas por parte dos policiais civis presentes na manifestação. A entidade afirma que “não existe qualquer indício ou vídeo que comprove o contrário”.
Abrem mão de 500 milhões
De acordo com o Sindpol, os policiais civis não estão reivindicando aumento salarial com impacto de mais de R$ 700 milhões para o Governo Estadual, como tem sido divulgado. "A categoria está abrindo mão de mais de R$ 500 milhões em retroativos que são provenientes das ações judiciais”, esclarece o sindicato.
Omissão da procuradora-geral
O Sindpol denuncia ainda “a omissão da procuradora-geral do Estado, Samya Suruagy, que há quatro meses se recusa a receber a diretoria do sindicato”. De acordo com a entidade, no dia do ato, o presidente do sindicato, Jânio Barbosa, tentou ser recebido pela procuradora-geral, mas não foi atendido. O objetivo, segundo ele, era tratar de demandas judiciais que incluem, entre outras, a majoração da carga horária dos policiais civis.
Apartidário
Segundo o Sindpol, o sindicato não possui vínculo com nenhum partido político ou candidatura. “Sua atuação é pautada exclusivamente pela defesa dos interesses da categoria dos policiais civis”, pontua a entidade.
Por fim, conforme o sindicato, essa pauta já vem sendo negociada há mais de dois anos com o Governo do Estado. De acordo com a entidade, secretários estaduais, o Comitê de Negociação Sindical (Cones) e o próprio governador já se manifestaram favoráveis ao pleito da categoria.
Por meio de nota, a Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE-AL) e a Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (ANAPE) repudiaram o ato de policiais civis, alegando que eles impediram a entrada de servidores públicos no prédio da Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE-AL), em Maceió, nesta quarta-feira (14).