O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) expediu ofício, nesta quinta-feira (16), para pedir explicações à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Maceió sobre o plano para abertura de ruas no Corredor Vera Arruda, no bairro Jatiúca. O órgão municipal chegou a abrir uma consulta pública sobre o assunto.
Segundo o MPE, no documento, a 66ª Promotoria de Justiça da Capital pede que informações sobre a atual situação do Corredor Vera Arruda, além das medidas já adotadas e a cópia do novo projeto.
Tudo isso "acompanhado de procedimento administrativo que lhe deu causa, inclusive, das licenças ambientais e urbanísticas pertinentes, bem como, ainda, do processo de desafetação dos espaços de lazer de uso comum do povo a serem transformadas em vias."
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Além disso, durante consulta pública, que foi feita por meio das redes sociais, na terça (14), as mudanças geraram debates entre os maceioenses. Em comentários, usuários chegaram a alegar que a SMTT quer apenas referendar uma decisão municipal que já estaria tomada.
"Consulta pública tendenciosa. Só querem referendar um desejo que a SMTT já tem há anos: provar que são incompetentes na gestão da mobilidade urbana e que a única solução que conseguem apresentar para a cidade é oferecer cada vez mais espaço para a crescente frota de automóveis, enquanto o mundo inteiro segue justamente o caminho da restrição ao uso do automóvel", afirmou um internauta.
Dessa forma, os representantes da Associação Comunitária de Moradores do Loteamento Stella Maris se reuniram com o promotor Jorge Dórea, de Urbanismo, e externaram preocupação com as possíveis alterações.
Anteriormente, em nota à imprensa, a associação disse que a iniciativa de melhorar o trânsito é "retrógrada e requentada". E completou: "Defendemos a inviolabilidade do Espaço do Corredor e esperamos dessa administração municipal a mesma postura de privilegiar os idosos, as crianças, as famílias, as pessoas com dificuldades de locomoção e os animais que passeiam com seus donos, ao invés de carros, como fazem os países europeus, que defendem suas áreas verdes."
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