Dezenas de pessoas, entre estudantes, servidores públicos, militantes sociais e membros de entidades de classe, realizaram, na tarde sexta-feira (25), um ato contra a PEC 55, na Praça dos Martírios, no centro de Maceió. Na ocasião, os manifestantes também protestaram contra as propostas de reformas trabalhista e previdenciária. Ato faz parte do Dia Nacional de Lutas das centrais sindicais.
Durante a manifestação, os participantes entregaram panfletos que explicavam o que é a PEC 55 e quais as consequências da proposta de emenda à Constiuição, caso ela seja aprovada. Já profissionais da saúde montaram uma tenda no espaço público, a fim de realizar medições de glicose e aferir a pressão de transeuntes.
Leia também
Na oportunidade, o coordenador-geral do Sindicatos dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal), Evilásio Freire, expôs que a PEC a ser votada pode vir a representar um grande transtorno à população em geral.
"A proposta de congelamento dos investimentos por 20 anos vai anular a possibilidade de evolução em áreas como saúde e educação, o que vai causar grande impacto na tentativa de crescimento do país", analisou Evilásio.

Já o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, reforça que a PEC do teto de gastos vai significar, apenas, a ausência de recursos públicos. "Quando limitam gastos, evidentemente, pode não sobrar para a segurança pública, tendo em vista que deverão priorizar saúde e educação. Portanto, não mais poderemos ter a realização de concurso público para a nossa área, apesar da necessidade. Por isso, precisamos que todos digam não à PEC", expôs Josimar.

Já mulheres integrantes de movimentos feministas também foram ao manifesto, com o objetivo de defender o fortalecimento do combate à violência contra a mulher. Pela manhã, elas realizaram uma caminhada pelas ruas do centro de Maceió, distribuindo panfletos com informações sobre o tema.
Leonardo Guedes é estudante e também fez questão de participar da mobilização. Segundo ele, a PEC "pode prejudicar o futuro da juventude brasileira". "A PEC não representa apenas o congelamento de recursos, mas também um congelamento do nosso futuro. Nós somos os trabalhadores de amanhã e, por isso, temos que lutar pela nossa vida futura", desabafou.
A manifestação contou com a participação de integrantes de várias entidades, como Adufal, CUT e Sinteal, que também estarão representados, na próxima terça-feira (29), em assembleia popular a ser realizada no Hospital Universitário (HU). Já na quinta-feira (1°), um ato será realizado no banco de sangue do mesmo HU, com o tema "Doe sangue contra a PEC".