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Seleções devem desfalcar 11 equipes; Gabigol pode ficar fora de até 18 jogos

Pré-convocado para Copa América e nome certo nas Olimpíadas, santista deve ser baixa em quase metade do Brasileiro

Se você pretende participar de algum bolão do Brasileirão, apostando no possível artilheiro da competição, quem seria seu candidato? Ricardo Oliveira? Barrios? Bolaños? Guerrero? Gabigol? Todos eles são bons palpites para a disputa, mas é bom que você se atente a um detalhe. Eles devem desfalcar suas equipes em várias rodadas da competição. O jovem atacante do Santos, por exemplo, pode ficar fora do Peixe em até 18 partidas, sem considerar uma eventual lesão. O motivo? Convocações da Seleção, seja a principal ou a olímpica.

Gabriel está na pré-lista de Dunga para a Copa América Centenário. Com a ausência de Neymar, ele tem boas chances de estar entre os 23 atletas que vão para o torneio. Se o Brasil chegar à final, os times brasileiros perderão seus jogadores em nove rodadas. Gabigol também é nome certo para as Olimpíadas, que desfalcarão as equipes em seis jogos do Brasileirão - entre as rodadas 17 e 22. Caso o jovem santista também seja convocado para os seis confrontos das eliminatórias restantes em 2016, ele seria baixa em mais três rodadas no Campeonato Brasileiro - rodadas 24, 30 e 25.

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Ele não é o único com tal possibilidade. Na pré-lista de Dunga para a Copa América estão também Douglas Santos (Atlético-MG), Rodrigo Caio (São Paulo), Gabriel Jesus (Palmeiras), Walace e Luan (Grêmio), todos com vaga cativa no time olímpico. No entanto, os cinco têm menos chances de ir aos Estados Unidos para a competição da Conmebol. Além de Gabigol, o Santos deve perder Lucas Lima e Ricardo Oliveira em 12 rodadas - Copa América e eliminatórias - para a seleção principal e Thiago Maia nas Olimpíadas. Dorival Júnior já mostrou sua insatisfação.

- Pedi um levantamento da quantidade de jogos que ficaremos sem esses elementos no ano. Não serão poucas partidas. Nós temos que ter a consciência que é importante para o clube, para o jogador é prazeroso, mas para nós não é bom. Além dos cinco, mais um ou dois que sintam uma lesão, de dez na linha você acaba tendo um problema grave. É complicado - declarou o técnico santista, em março, quando teve cinco baixas nas últimas convocações da Seleção principal e olímpica.

O Internacional poderia sofrer com a ausência do goleiro Alisson, também cotado para atuar nas Olimpíadas, mas o jogador está de saída do Colorado. Ele deve jogar nas duas primeiras rodadas do Brasileirão, se apresentar para a Copa América e depois se juntar ao Roma, seu novo clube a partir de julho. Ao todo, 11 equipes da Série A devem ser desfalcadas pelas seleções em 2016.

No ano passado, oito clubes foram prejudicados com a convocação de 15 atletas para a Copa América do Chile. Neste ano, o São Paulo é quem pode se lamentar mais. O Tricolor tem a chance de perder cinco atletas: Rodrigo Caio (Olimpíadas e pré-lista da Copa América), Ganso (pré-lista da Copa América), Mena (pré-lista do Chile), além de Calleri e Centurión, ambos na pré-lista da Argentina para os Jogos do Rio. O Grêmio já se planeja para não contar com Marcelo Grohe, Walace, Luan e Bolaños, que deve ir à Copa América e eliminatórias pelo Equador. Para o diretor executivo do Tricolor gaúcho, Rui Costa, é preciso ajustar o calendário.

- Preocupa muito, é alvo constante de avaliações nossas. É difícil substituir esses jogadores. Somos punidos pela competência. Como dizer para o jogador não participar? É um grande dilema. Vai gerar desequilíbrio para Corinthians, Grêmio, Santos, São Paulo e vários outros. Ou você vai às compras e tenta acertar, tirar dinheiro de onde não tem, ou tenta se arrumar com seu elenco. Mas o caminho é só um: criar alternativas de suspensão dos campeonatos nas convocações - comentou o dirigente.

CBF estuda o assunto

O ajuste no calendário é antiga reivindicação dos clubes à CBF. Em 2016, a entidade formou o Comitê de Reformas, grupo composto por 17 membros titulares que debaterão cinco temas principais, dentre eles o calendário. Foram criados vários grupos de trabalho, com participações de convidados que são estudiosos, dirigentes e ex-jogadores. O calendário foi o assunto que recebeu mais sugestões no site oficial do comitê.

O grupo que discute tal tema já se reuniu quatro vezes na sede da CBF, e a entidade está otimista para garantir um cenário mais favorável aos clubes em 2017. Na atual temporada, foi feito um ajuste para que o Brasileirão não tivesse partidas antes e entre os dois jogos de cada rodada das eliminatórias. No entanto, três datas ainda serão atingidas na competição nacional. Mesmo assim, o diretor de Competições da CBF, Manoel Flores, acredita que houve um avanço e prevê melhores para o ano que vem.

- (Em 2016) Nós conseguimos algo que não se conseguia no passado, de não termos rodada na quarta-feira que antecede os períodos de convocação e no fim de semana entre as duas partidas da seleção brasileira em eliminatórias. A nossa meta é que já para 2017 consigamos também ter a quarta-feira posterior aos dois jogos. Você completaria de 12 a 13 dias de janela, uma inter temporada em cada período de convocação da seleção em eliminatórias. Mas o que já é feito hoje é a quarta-feira anterior e a quarta-feira entre os dois jogos - comentou o dirigente, quando questionado sobre o assunto durante a Semana de Evolução do Futebol promovida pela CBF.

O diretor-executivo do Grêmio, Rui Costa, endossa o otimismo de Manoel Flores. Segundo ele, os clubes estão unidos no tema e sentiram boa vontade da CBF para fazer os ajustes necessários no ano que vem.

- Nós estamos participando dos grupos de trabalho, participamos de reuniões muito importantes de executivos, conversando muito com a CBF, e sentimos que todos querem fornecer um produto mais qualificado, com maior abrangência. E, para isso, os melhores jogadores têm que participar da competição. Percebo um movimento claro de valorização do produto do Campeonato Brasileiro. Acendeu a luz amarela - avalia o dirigente gremista.

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