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Upcycling: veja como transformar roupas e objetos em itens novos

Reaproveitar materiais com originalidade tem conquistado espaço como alternativa criativa ao desperdício


				Upcycling: veja como transformar roupas e objetos em itens novos
Técnica upcycling consiste em transformar roupas e objetos antigos em itens novos, economizando e evitando o desperdício. Yuliia Kokosha/GettyImages

Você não precisa abrir mão do estilo para ser sustentável. Kelsey MacDermaid e Becky Wright, conhecidas como "The Sorry Girls" na internet, mostram que é possível adotar um estilo de vida mais ecológico sem perder o bom gosto.

MacDermaid idealizou o look do seu casamento e conseguiu montá-lo com peças de segunda mão compradas no Facebook Marketplace. Já Wright decorou toda sua sala de estar com estilo mid-century modern apenas com móveis garimpados em brechós.

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Grande parte dos vídeos das "Sorry Girls" gira em torno do upcycling — o processo de reaproveitar materiais descartados ou já existentes para criar algo novo, em vez de comprar produtos novos.

Esse tipo de reinvenção pode trazer grandes benefícios na redução do desperdício e do uso de recursos ambientais nas indústrias da moda e do varejo, afirma Jules Lennon, líder da iniciativa de moda da Fundação Ellen MacArthur, organização que promove o fim do desperdício e da poluição por meio do design.

“Nossas pesquisas mostram que, a cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de tecidos é enviado para aterros ou incinerado”, afirma.

MacDermaid e Wright fazem parte de um movimento muito maior que busca pensar de forma mais sustentável na hora de comprar e se vestir: cada vez mais pessoas estão adquirindo itens revendidos, e até desfiles de moda estão começando a incorporar elementos preloved (já usados), acrescentou Lennon.

Um papel especial das "Sorry Girls" é justamente inspirar e ensinar as pessoas a praticarem o upcycling no dia a dia — e ainda fazer isso com estilo.

Reutilizar é melhor que reciclar

A sustentabilidade do upcycling está tanto na redução do consumo quanto no reaproveitamento de itens que seriam descartados, diz Marco van Hees, professor de engenharia de negócios circulares e pesquisador sênior em upcycling urbano na Universidade de Ciências Aplicadas de Amsterdã, na Holanda.

“Estamos apenas usando as coisas e jogando fora ou até queimando — o que talvez seja o pior que se pode fazer”, afirmou. O lixo tem sobrecarregado as cidades, e a incineração libera substâncias tóxicas no meio ambiente. Além disso, reciclar nem sempre é a melhor alternativa.

“Reciclar consome muita energia”, ele explica. “Você destrói o produto, reduz seu valor e depois tenta aproveitá-lo de novo, o que, mais uma vez, exige muita energia.”

Reduzir o consumo e aumentar a durabilidade dos produtos também ajuda a diminuir impactos ambientais como o uso excessivo de matérias-primas, o consumo de água e o descarte de substâncias químicas, afirma Lennon.

“Nosso trabalho é criar uma economia circular na moda, em que os produtos sejam mais usados, projetados para serem refeitos e feitos com materiais seguros, reciclados ou renováveis”, diz. Essa economia circular inclui consertar, refazer, revender e alugar.

Seu design pode ficar ainda melhor

MacDermaid conta que a ideia de garimpar roupas e móveis surgiu na época da faculdade, como uma forma de economizar.

“Conforme fomos amadurecendo, percebemos que isso faz parte de quem somos: comprar em brechós e dar preferência ao usado”, diz. “É algo sustentável e ecológico, além de ser bom para o bolso.”

Segundo Wright, além da economia e da sustentabilidade, o upcycling e o uso de itens existentes ajudaram a aprimorar os projetos de design delas.

“Comprar de segunda mão te dá a chance de ser criativo e ter peças únicas, o que resulta em ambientes muito mais interessantes — com cara de curadoria e história, e não de loja de departamento”, afirma.

Van Hees observou em suas pesquisas que muitas pessoas se interessam pelo upcycling primeiramente pela estética. O valor afetivo, o trabalho envolvido e a história por trás de uma peça de roupa ou móvel tornam esses itens ainda mais desejáveis.

No caso dos móveis, Wright ressalta que os mais novos geralmente são feitos para durar menos.

“Por isso sempre sugerimos: antes de redecorar, olhe o que você já tem e veja se é possível reaproveitar de alguma forma”, diz. “Esses itens mais antigos provavelmente foram melhor construídos e merecem continuar fazendo parte da sua vida por muito tempo.”

Habilidades para começar

Dar uma nova vida a algo que você já tem ou comprou de segunda mão pode parecer difícil, mas começar aos poucos já faz diferença, diz MacDermaid.

Ela só compra roupas usadas há anos e afirma que, muitas vezes, uma ida ao alfaiate ou saber costurar o básico já transformam a peça e a fazem parecer sob medida.

Você também não precisa reformar um móvel inteiro para que ele pareça novo. Trocar os puxadores de uma cômoda é um bom começo, sugere MacDermaid. Também é possível usar papel de parede adesivo ou pastilhas autocolantes para personalizar estantes, por exemplo.

Outro bom passo é aprender a pintar móveis corretamente. “Se você preparar bem a peça antes da pintura, o resultado vai ser ótimo, com acabamento suave e dura'douro”, afirma.

Wright recomenda não ter medo de experimentar, especialmente se você encontrar algo simples para testar, como uma moldura de quadro de brechó. Aprender a usar uma ferramenta de cada vez também ajuda bastante, diz MacDermaid.

“Somos estudantes de cinema, não somos marceneiras, mas começamos com uma ferramenta e aprendemos a usá-la direitinho”, conta. “Depois vem outra, e mais outra. Começar com algo simples, como uma lixadeira elétrica ou uma serra circular, já te leva muito longe.”

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