
'Rir é um ato de resistência' foi eternizado na fala de Paulo Gustavo (1978 - 2021). Mas, na vida de uma mulher trans no Brasil, viver é um ato de resistência. No país que, segundo dados oficiais, mais mata essa população no mundo, Nany People resiste por meio da arte lotando teatros com cinco espetáculos simultâneos e vivendo personagens de destaque na televisão aberta em seus longevos e bem vividos 60 anos.
No mês internacional do orgulho LGBT+, Nany lança sua segunda biografia, A Saga Continua, escrita por Flavio Queiroz. O livro conta como a última década a fez desabrochar para diversas coisas que nunca antes tinha feito e marca seus 40 anos vivendo em São Paulo, 50 anos subindo em palcos como atriz e 30 anos trabalhando na televisão.
Leia também
"Sempre fui muito inquieta. E essa inquietude ficou muito mais presente dos 50 aos 60. Primeiro porque não tive a crise dos 50 anos. Não estou tendo a crise de 60. Continuo fazendo minhas coisas, só que estou fazendo mais coisas. Por exemplo, nunca tive viajando o Brasil com cinco solos simultaneamente", diz ela, que lança a obra no Rio no próximo dia 7, na conceituada Travessa do Leblon.
Divertida e com respostas rápidas e afiadas, Nany fala seríssimo sobre os mais diversos assuntos, mas sem deixar o alto-astral da conversa cair. "Não nasci Dona Nany, me fiz Dona Nany. Me orgulho muito de ser dona de mim. A minha briga é me manter viva e fiel a quem sou. Sou mulher trans, sou uma travesti, como queira, sou uma transformer, uma mutante. Sou o que você quiser, mas eu sou uma pessoa que só faz o que acredita", afirma.
Leia a entrevista completa no portal https://revistaquem.globo.com/entrevistas/quem-disse/noticia/2025/06/nany-people-a-minha-briga-e-me-manter-viva-e-fiel-a-quem-sou.ghtml