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HOME > notícias > BRASIL

Boate Kiss: tragédia completa 10 anos; relembre incêndio

Incêndio em casa noturna matou 242 pessoas e deixou 636 sobreviventes. 'Onde você estava no dia 27 de janeiro de 2013?', questiona cartaz afixado no local onde ficava boate

Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, um domingo, a história de Santa Maria mudaria para sempre. Um incêndio atingiu a boate Kiss, no centro da cidade, deixando 242 mortos, 636 sobreviventes e marcas que permanecem presentes na memória da comunidade até hoje.

O g1 recupera o que ocorreu naquele dia, há exatos 10 anos. Abaixo, confira a lista de vítimas do incêndio.

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Um cartaz afixado na fachada do prédio onde ficava a boate questiona:

"Onde você estava no dia 27 de janeiro de 2013?"

Em outras reportagens, relembre também como a investigação policial e o processo judicial se desenrolaram na última década, por que o júri dos quatro réus foi anulado, além das mudanças na legislação de prevenção e combate a incêndios no RS.

Cronologia da noite

  • 0h00: público começa a chegar na boate, que recebia a festa "Agromerados", organizada por alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
  • 1h00: grupo Pimenta e seus Comparsas se apresenta no palco da casa noturna. Show dura pouco mais de uma hora.
  • 2h10: banda Gurizada Fandangueira inicia sua apresentação.
  • 2h30: durante a música "Amor de chocolate", do cantor Naldo, a banda utilizou dispositivos pirotécnicos como efeito visual. As fagulhas atingem a espuma acústica que revestia o teto da boate, que pega fogo. A fumaça se espalha pela casa noturna.

Pânico

Assim que perceberam o início do incêndio, centenas de pessoas ficaram desesperadas e começaram a correr em busca de uma saída para a rua. Testemunhas afirmaram, na época, que seguranças da boate tentaram impedir a saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a passagem.

A saída da boate foi dificultada por uma grade colocada perto da porta para organizar a fila de entrada. As pessoas derrubaram grade e porta, o que fez muita gente cair no chão e acabar pisoteada, dizem sobreviventes.

Segundo bombeiros que fizeram o primeiro atendimento da ocorrência, muitas vítimas tentaram escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabaram morrendo. Testemunhas também disseram que o ambiente era bastante escuro e que a falta de sinalização fez com que eles pensassem que ali era uma saída.

Resgate

Várias testemunhas afirmaram que o Corpo de Bombeiros chegou ao local da tragédia rapidamente, entre três e cinco minutos depois do chamado. Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ainda ajudaram a socorrer as vítimas.

Sobreviventes e populares quebraram as paredes da boate para facilitar a saída de pessoas e o resgate de corpos. No lado de fora, ambulâncias, viaturas policiais e até táxis transportavam feridos para hospitais do município.

Atendimento aos feridos

Ao menos seis hospitais e casas de saúde da região receberam vítimas do incêndio. Voluntários auxiliaram o trabalho na cidade. O Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, que tem unidade especializada em queimaduras, também recebeu feridos.

Reconhecimento de corpos

O domingo foi marcado pelo reconhecimento de corpos por parte de familiares das vítimas. Durante a manhã, filas foram formadas na entrada do Centro Desportivo Municipal, aberto no início da tarde. Depois de liberar o acesso em duplas, a polícia começou a formar grupos maiores para fazer o reconhecimento de maneira mais rápida.

Luto

Autoridades, como o então prefeito da cidade, Cezar Schirmer, e o governador do RS na época, Tarso Genro, acompanharam o atendimento aos sobreviventes e parentes de vítimas. A então presidente Dilma Rousseff cancelou uma agenda no Chile e viajou para Santa Maria ao lado de ministros.

O município decretou luto oficial de 30 dias, enquanto o governo federal estabeleceu luto de três dias em todo o país.

Velório coletivo

Uma das imagens mais marcantes daquele dia foi o velório coletivo de vítimas em um ginásio de Santa Maria. Logo após o reconhecimento por parte dos familiares, os corpos foram organizados em filas dentro de caixões e colocados em um dos salões do do Centro Municipal de Desportos.

Centenas de voluntários, entre profissionais da área da saúde e muitos anônimos, ampararam familiares no momento de despedida.

Enterros

No dia seguinte, a segunda-feira, 28 de janeiro, foram realizados os primeiros sepultamentos de vítimas. Os cemitérios Ecumênico e Parque Jardim Santa Rita de Cássia foram preparados durante a madrugada para receber as cerimônias.

Também houve enterros de mortos em outras cidades do estado. Cidade universitária e sede de quartéis, Santa Maria recebia jovens de diversas localidades, muitos deles vítimas do incêndio.

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