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Aumentam números de crimes contra o patrimônio em SP

Furtos subiram tanto no estado quanto na capital paulista, que também vê alta nos roubos em relação a antes da pandemia

Os crimes contra o patrimônio continuam em alta em São Paulo, tanto no estado quanto na capital paulista, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pela Secretaria da Segurança Pública.

Os furtos já têm índices neste ano maiores que em 2019, ou seja, antes da pandemia. E eles cresceram nas duas comparações, quando se confronta a soma dos casos de todos os municípios paulistas ou apenas quando são analisados apenas os registros da cidade de São Paulo.

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A comparação é feita com 2019 porque em 2020 e 2021 estavam em vigor medidas de restrição contra o coronavírus, o que afetava a circulação de pessoas na rua —e, consequentemente, os indicadores de violência.

O governo Rodrigo Garcia (PSDB) diz que está atento aos índices em todo o estado e, para combater os crimes contra o patrimônio, lançou em maio a Operação Sufoco, que dobrou o número de policiais nas ruas.

Além disso, cita a queda número de latrocínios (roubo seguido de morte), que caiu 11% em comparação com o mesmo período de 2019, passando de 152 casos para 135, de janeiro a outubro.

O professor da área de segurança da FGV Rafael Alcadipani, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entretanto, alerta que o aumento nos casos de crimes contra o patrimônio preocupa. "São eles que colocam maior medo na população. É o roubo que dá errado e vira latrocínio", afirma o especialista.

De acordo com as estatísticas da SSP, nos dez primeiros meses de 2019 foram registrados 441.758 casos de furtos no estado. No mesmo período deste ano, foram 469.448 registros, uma alta de 6,2%.

Na comparação com o mês anterior de 2022, os casos de furtos no estado voltaram a subir —passaram de 18.858 em setembro para 21.143 em outubro, com aumento de 12%.

Na cidade de São Paulo, na comparação entre os dois períodos, o aumento nos furtos foi de 1,5% (191.664 para 194.486) e nos roubos, também de 1,5% (de 116.472 para 118.221).

Assim como no estado, os dois indicadores foram maiores em outubro do que em setembro deste ano. Os furtos passaram de 46.385 registros para 48.896 (5% a mais) e os furtos, de 20.527 para 21.649 (5,5% a mais).

Na contramão, caíram os números de carros furtados e roubados, tanto no estado quanto na capital. Também são menores as estatísticas de homicídios, sempre comparando 2019 e 2022.

Para a Secretaria da Segurança Pública, a alta de registro de furtos e roubos nas estatísticas pode ser creditada ao maior número de queixas feitas por meio de boletim de ocorrência eletrônico, que cresceu justamente por causa da pandemia com as pessoas evitando sair de casa.

"Durante a pandemia da Covid-19, com a ampliação do rol de crimes atendidos, a Delegacia Eletrônica se tornou o principal meio de registro de ocorrências, o que contribuiu para o aumento no total de boletins registrados", diz a pasta estadual, em nota.

Alcadipani, porém, que há tendência que está sendo vista no aumento de furtos e roubos.

Para ele há vários fatores que ajudam na alta nos crimes contra o patrimônio. Um deles é o econômico, com inflação em alta, menor poder aquisitivo e desemprego, que acabam propiciando o crime.

O professor da FGV também diz acreditar que há falta de policiais no estado, tanto na Polícia Civil quanto na Militar. "Precisamos ver o que o novo governador [Tarcísio de Freitas, do Republicanos] vai fazer para recompor os quadros da polícia para combater esse tipo de crime", diz ele.

O governo estadual diz que lançou no último dia 4 edital para selecionar 2.700 soldados que irão atuar no policiamento ostensivo nas unidades da Polícia Militar.

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