
Alagoas registrou, em 2023, a maior taxa geral de divórcios do Nordeste, com 3,1%, superando a média nacional, que ficou em 2,8%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em números absolutos, o estado contabilizou 6.921 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escritura extrajudicial. Apesar da liderança na taxa, o volume de separações representa uma queda de 3,97% em relação a 2022, quando foram registradas 7.207 dissoluções de casamento — o maior número da série histórica iniciada em 2009.
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Em todo o país, foram concedidos 440,8 mil divórcios em 2023, número que representa um aumento de 4,3% na comparação com o ano anterior. No Brasil, os divórcios judiciais em 1ª instância correspondem a 81,8% do total. Em Alagoas, esse percentual é ainda maior: 91,2%.
A maior parte dos divórcios no estado envolveu casais com filhos menores de idade (42,4%), seguidos daqueles sem filhos (29%).
Casamentos
No mesmo período, Alagoas contabilizou 14.241 casamentos, o que representa um crescimento de 9,16% em relação a 2022. A maioria das uniões foi entre casais heterossexuais (99,43%). Casamentos entre pessoas do mesmo sexo somaram 81 registros, equivalendo a 0,57% dos matrimônios civis no estado.
Entre os casamentos homoafetivos, uniões entre mulheres representaram a maioria, com 56 registros, número estável em relação ao ano anterior. Já os casamentos entre homens totalizaram 25, com redução de 7,4%. Desde o início da série histórica, em 2013, os casamentos entre mulheres se mantêm predominantes.
No cenário nacional, o número geral de casamentos caiu 3% em 2023, somando 940.799 registros. Casais heterossexuais responderam por 98,8% das uniões. O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo subiu 1,6%, com 1.198 registros, dos quais 62,7% foram entre mulheres.
Nascimentos
Alagoas registrou 46.174 nascidos vivos em 2023, um aumento de 1,63% em relação ao ano anterior. No Brasil, a tendência foi oposta: a natalidade caiu pelo quinto ano consecutivo, com redução de 0,7%, totalizando 2,52 milhões de nascimentos.
A maioria dos bebês nascidos no estado foi do sexo masculino (50,8%). Mais da metade (51%) das crianças são filhas de mães com idades entre 20 e 29 anos, sendo a faixa etária de 20 a 24 anos a mais recorrente (26,7%).
Mães entre 30 e 39 anos representaram 27,8% dos registros de nascimento. Já meninas com menos de 15 anos somaram 0,88% das mães, o terceiro maior índice do país, atrás apenas do Acre (1,15%) e da Bahia (0,89%). Mães com idades entre 15 e 19 anos representaram 15,35% dos nascimentos, colocando Alagoas na quinta posição nacional nesse recorte.
O estado também registrou aumento de quase 5% nos óbitos fetais, que somaram 446 em 2023. O menor número da série histórica foi registrado em 2006, com 212 casos.
Óbitos
Alagoas teve uma queda de 4,58% no total de óbitos em 2023, com 21.062 registros. Em âmbito nacional, foram 1,43 milhões de mortes, uma redução de cerca de 5% em comparação com 2022.
Entretanto, os óbitos por causas não naturais aumentaram 6,44% no estado e somaram 1.901 ocorrências, representando 9% do total de mortes em Alagoas — acima da média nacional de 7%. Amapá (16,7%) e Tocantins (12,6%) lideram o ranking nesse indicador. A maioria das vítimas alagoanas era do sexo masculino (87,4%).