O HPV, papiloma vírus humano, é o vírus de transmissão sexual mais comum do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 5% de todos os cânceres em homens e 10% dos que são diagnosticados em mulheres são causados pelo HPV. Mais de 150 tipos de HPV já foram encontrados, e estima-se que 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos do vírus em algum momento da vida.
Os HPV são responsáveis por quase 100% dos casos de câncer de colo de útero, 95% dos câncer de ânus, 90% dos casos de verrugas genitais e 35% dos casos de câncer de pênis. No Brasil, anualmente, aproximadamente 16 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero.
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Uma parcela das pessoas elimina o vírus após serem contaminadas, algumas ficam com o vírus no organismo de forma latente e outras acabam sendo afetadas pelo HPV formando lesões que levam ao câncer.
Por ser uma infecção muitas vezes assintomática, pode passar despercebida por muito tempo, até mesmo transmitindo o vírus sem saber. Devido à todos esses dados, a vacinação contra o HPV é essencial, eficaz e deve acontecer o mais cedo possível.
Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem realizar a vacinação gratuitamente nos Postos de saúde. Mulheres até 45 anos ou homens até 26 anos com alguma doença imunossupressora, como HIV, também tem direito a vacina gratuita. Além disso, na rede privada, mulheres até 45 anos também podem fazer a vacina.
Com a vacina, as células de defesa estarão preparadas para combater a doença em um suposto contato com o HPV.
O esquema vacinal nos adolescentes é de duas doses e nos adultos são três doses. É importante fazer o esquema completo.
Mais de 270 milhões de doses já foram aplicadas no mundo, e o resultado mostrou ser eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer de colo de útero. Com relação aos efeitos colaterais, os mais comuns foram dor e vermelhidão no local de aplicação. Lembrando que a vacinação não elimina a necessidade de fazer o exame preventivo, pois com o Papanicolau é possível rastrear lesões assintomáticas que podem evoluir para tumores malignos.
Vacine-se!
Dra Isadora Lippmann
Cirurgiã Oncológica
CRM 34503 RQE 22476
*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.