
Com a popularização dos dispositivos móveis, o Brasil se tornou um dos principais alvos de cibercriminosos na América Latina. Os ataques a dispositivos móveis cresceram absurdamente, são milhões de casos por ano. Isso não é coincidência: hoje, o celular concentra desde dados bancários, informações sensíveis e até conversas privadas, o que é um prato cheio para golpistas. Os ataques não escolhem sistema operacional. Tanto usuários de Android quanto de iPhone são alvos. Enquanto o Android lidera em número de incidentes, o iPhone não está imune, principalmente aos golpes por SMS, links falsos no WhatsApp e aplicativos espiões, que afetam ambos os sistemas. Os golpes mais comuns são:
• Links falsos enviados por SMS, e-mail ou aplicativos, que levam a páginas falsas de bancos, lojas ou serviços.
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• Clonagem de WhatsApp, onde os criminosos se passam por contatos ou falsos atendentes para obter códigos de verificação e sequestrar contas para extorquir valores.
• Aplicativos disfarçados de apps comuns, mas colhem dados bancários, contatos, localização e até escutam conversas.
• Golpistas se aproveitam de emoções (urgência, medo, solidariedade) para induzir as vítimas a agir rapidamente e fornecer informações pessoais ou transferir valores.
As principais vítimas são os Idosos e adolescentes, que figuram entre os grupos mais vulneráveis. Os mais velhos, muitas vezes, não dominam as tecnologias e confiam em mensagens bem escritas ou ligações "oficiais". Já os mais jovens tendem a clicar em links e instalar apps sem analisar riscos, principalmente vindos de redes sociais e jogos.
A boa notícia é que pequenas atitudes fazem toda a diferença:
1. Use autenticação em duas etapas, normalmente a senha e um token recebido por SMS, principalmente nos aplicativos mais sensíveis (como WhatsApp, e-mail e apps bancários).
2. Evite clicar em links recebidos por SMS ou WhatsApp, mesmo que venham de conhecidos.
3. Desconfie de mensagens com erros, urgência ou pedidos de dinheiro, mesmo que venha de conhecidos.
4. Instale apps apenas de lojas oficiais (Play Store ou App Store) e verifique as permissões solicitadas.
5. Mantenha o sistema e os apps atualizados, essas atualizações corrigem falhas de segurança.
6. Reinicie seu aparelho pelo menos uma vez por semana, recomendação recente da Agência de Segurança Americana, para minimizar ataques do tipo "clique zero".
Se você ou alguém próximo foi alvo de um golpe, siga estes passos:
1. Bloqueie imediatamente o aparelho (caso tenha sido perdido ou roubado). Lembre que serviços como Buscar iPhone ou Encontrar meu Dispositivo do Google podem ajudar.
2. Altere senhas de todos os serviços vinculados ao celular (e-mail, banco, redes sociais, Gov.Br).
3. Registre um boletim de ocorrência e avise seu banco.
4. Procure o órgão de defesa do consumidor, especialmente se houve prejuízo financeiro.
5. Informe contatos próximos, para evitar que também sejam enganados por criminosos se passando por você.
O Google disponibilizou um recurso antirroubo que usa inteligência artificial para detectar furtos e travar automaticamente o Android, o chamado “modo ladrão”. A funcionalidade promete dificultar o acesso de criminosos ao aparelho. Na atualidade é quase impensável uma rotina diária sem o uso de celulares. Proteger esses dispositivos é proteger sua identidade, seu dinheiro e sua tranquilidade.
Fique seguro e se mantenha comunicável!
*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.