
O CSA não jogava bem. Final do Sub-17, primeiro tempo morno. O técnico falava, os meninos ouviam, mas parecia faltar algo.
Foi então que entrou Diego. Dessa vez, não no campo, no vestiário. Muletas de apoio, sequelas de um grave acidente, era o reforço emocional que chegava.
“E aí, meus amigos… Quero ser campeão! Preciso entrar em campo? Saí do interior pra viver isso aqui!”
Não foi motivação. Foi impacto. Firmeza. Como se dissesse: vocês tem um sonho e 45 minutos. O que mais falta?
O segundo tempo foi outro. CSA virou o jogo e a atitude. Na comemoração, a famosa corrente foi diferente: pais, amigos e atletas formaram um grande círculo. No centro, Diego.
Ouviu o que merece: que é exemplo. Que fez parte do time desde o Sub-15. Que estava ali não pela atual e trágica limitação física, mas pela alma aguerrida que sobra.
Ele não disse nada. Mas chorou.
Recebeu a medalha, levantou o troféu com o capitão, participou da festa. Neste sábado, no intervalo de CSA e Caxias, vai dar a volta olímpica com o time. Como tem que ser.
Às vezes, a vida nos impõe desafios, mas nunca pode tirar a vontade de fazer parte.
O futebol imita a vida. Diego segue escrevendo a própria história com coragem.
No intervalo, Diego entrou. E mudou tudo.