
A forma mais segura encontrada para a retirada do ônibus que caiu na Serra da Barriga, em novembro do ano passado, é por meio do içamento com dois guindastes de grande porte. A possibilidade foi anunciada durante reunião realizada nesta quarta-feira (21), no Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Com o difícil acesso ao local onde o ônibus está, o poder público solicitou apoio técnico ao DER para viabilizar a retirada, atendendo não apenas à demanda ambiental — já que o veículo está em área de mata —, mas também às necessidades da perícia.
Um laudo mais detalhado sobre as causas do acidente só poderá ser elaborado após análise de peças específicas do ônibus, o que só será possível com a retirada do veículo.
De acordo com o chefe de Identificação Veicular do Instituto de Criminalística, perito criminal Nivaldo Cantuária, o içamento é o método mais seguro para preservar o ônibus e proteger moradores da região.
“Estudamos diversas formas e o meio mais seguro, tanto para quem fará o serviço quanto para quem mora no entorno e também que mais pode preservar o veículo é o içamento, que deve ser feito por meio de dois guindastes grandes. O plano é desvirar o veículo e tracioná-lo até o alto da Serra da Barriga”, explicou ele.
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O perito Marcelo Velez, responsável pelo caso, afirmou que uma retirada pela parte mais baixa demandaria mais tempo e trabalho, já que o ônibus deslizou por 132 metros e há residências abaixo da área. “Quanto mais preservado, melhor para podermos apurar as causas reais do acidente, que podem incluir problemas mecânicos e imperícia”.
Já o diretor-presidente do DER, Iran Menezes, informou que serão iniciados os trâmites para contratação da empresa responsável pelo içamento.
“Com a afirmativa da Criminalística de que este é o meio mais adequado, vamos atender à solicitação e auxiliar este trabalho. Já estamos em contato com as empresas para viabilizar a retirada o mais rapidamente possível, com a presença tanto dos peritos quanto da Polícia Civil. Ainda não temos data, porque temos que seguir os trâmites de licitação”, disse.
O encontro contou com a participação de representantes do Instituto de Criminalística (IC), da prefeitura de União dos Palmares e do diretor-presidente do DER, engenheiro Iran Menezes, que discutiram alternativas técnicas para a remoção do veículo.
Também participaram da reunião o chefe do IC em Maceió, perito Charles Mariano; o procurador do município de União dos Palmares, Allan Belarmino; o diretor jurídico do DER, Daniel Uchôa; e o diretor de Obras, Eduardo Reis.