O apelido de Gigante nunca caiu tão bem para Alessandro da Silva como nesta segunda-feira. Com 1,90m e 126kg, o paulista de 32 anos sobrou para ser o melhor da prova do lançamento do disco da classe F11 da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Com uma marca bem acima dos demais concorrentes no Engenhão, com 43,06m, assegurou a medalha de ouro e o novo recorde paralímpico. A medalha de prata ficou com o italiano Oney Tapia, com 40,89m. O espanhol David Casinos Sierra fechou o pódio com 38,58m.
Alessandro começou a perder a visão aos 26 anos. Quando descobriu que uma manifestação de toxoplasmose era o motivo, já era tarde - nunca soube se adquiriu a doença ou se é congênita. Ele não podia mais trabalhar na sua profissão de químico, chegou a trabalhar como alinhador de carros antes da perda total da visão, mas não se deixou abater pela cegueira e se descobriu no atletismo, que hoje é seu ganha pão e também de sua família.
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Alessandro também havia disputado a prova do arremesso de peso na Paralimpíada. A marca de 12,43m, entretanto, o deixou apenas da 10ª colocação entre os finalistas, longe do pódio.