Vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o alagoano Humberto Martins afirmou, durante entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, que os procuradores da Lava Jato 'passaram de todos os limites'. A declaração foi dada depois de tornado público que Deltan Dallagnol usou a delação premiada da OAS para inviabilizar sua indicação à vaga para o STF em 2017, após a morte de Teori Zavascki.
Nesta quinta-feira (1º), Mônica Bergamo revelou o teor de sua conversa com Martis em programa de rádio da Band News FM. O ministro do STF repetiu várias vezes que está "muito triste".
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Humberto Martins era cotado para ocupar uma vaga na mais alta instância do poder judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF), mas teve a nomeação barrada, possivelmente, por influência de Deltan Dallagnol, procurador e chefe da Lava Jato em Curitiba (PR).
Segundo diálogos divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Folha de S.Paulo e The Intercept, Dallagnol teria enviado a Eduardo Pelella, assessor do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, informações para serem entregues ao então presidente, Michel Temer, para barrar a indicação de Humberto Martins, do STJ.
"É importante o PGR levar ao Temer a questão do Humberto Martins, que é mencinoado na OAS como recebendo propina (SIC)", disse Deltan ao colega. "Deixa com nós'", respondeu Pelella.