
O deputado federal Arthur Lira (PP) reafirmou publicamente o apoio ao prefeito da capital, JHC (PL), e projetou um futuro político mais ambicioso para o aliado: o governo do Estado de Alagoas. O parlamentar deu esta declaração na manhã desta sexta-feira (30), enquanto participava de um mutirão de entrega de equipamentos assistivos na sede da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), em Maceió.
Em entrevista concedida à Gazeta News, Lira adotou um tom enfático para afastar rumores de desgaste na relação política com JHC. “Não mudou nada com o prefeito JHC. Eu sempre fui parceiro e continuo sendo parceiro. Espero vê-lo governador do Estado. Alagoas precisa e necessita de um revigoramento”, declarou.
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A declaração ganha relevância em um momento de especulações sobre possíveis distanciamentos entre os dois, sobretudo diante de exonerações de aliados do deputado na Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Lira, no entanto, foi direto: “Outras complicações políticas são normais do dia a dia, mas a nossa parceria permanece. Ele [JHC] tem juventude, tem força e, se aceitar o desafio, todas as pesquisas apontam favoritismo largo”, disse, indicando não apenas apoio, mas entusiasmo com uma eventual candidatura.
Isenção do IR
Além das articulações políticas, Lira foi questionado sobre o impacto da crise fiscal do Governo Federal — mais especificamente, sobre o impasse envolvendo a cobrança do IOF sobre operações de cooperativas de crédito — e se isso pode afetar o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, do qual é relator.
Na avaliação do deputado, os temas não devem ser misturados. “A questão fiscal que o governo passa agora com o IOF não pode comprometer a isenção do IR. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A isenção é pacífica. Estamos discutindo apenas a compensação”, afirmou.
Lira classificou a isenção como um ato de “justiça tributária” e sustentou que a medida terá impactos diretos na economia popular. “Vai ser mais dinheiro injetado na economia, mais recursos para facilitar a vida de quem ganha até essa faixa. Temos que trabalhar por mais inclusão, mais segurança, mais saúde”, destacou.