
O major da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Pedro Silva, protagonizou uma fuga cinematográfica antes de fazer cinco pessoas reféns em uma casa no bairro do Prado, em Maceió, ness sábado (7). A ação terminou em tragédia: três pessoas morreram, incluindo o próprio oficial.
Segundo o genro do major, que preferiu não se identificar, Pedro havia sido autorizado a receber os filhos e passou o dia com eles na Academia da Polícia Militar. A visita foi permitida pela ex-companheira, que estava em Maceió para prestar depoimento em um processo administrativo contra o oficial — aberto após a prisão dele em janeiro por violência doméstica.
Durante a visita, Pedro Silva fugiu pela porta lateral da instituição. Em seguida, correu até a rua, interceptou o carro de um amigo — que havia levado as crianças até o local — e o obrigou a conduzi-lo até a casa da ex-esposa. Ao tentar resistir, o amigo foi esfaqueado na mão pelo major.
Com os filhos no carro, Pedro seguiu até o imóvel da ex-companheira e iniciou o sequestro. No local, manteve como reféns a ex-esposa, os dois filhos (de 3 e 10 anos), além da irmã e do irmão dela.
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Durante o cárcere, o major enviou vídeos diretamente para a filha de 32 anos, que está em resguardo após o parto de um bebê de um mês. Ela foi a única pessoa com quem Pedro aceitou negociar. O celular dela foi entregue à polícia, que continuará investigando o caso.
A negociação foi conduzida pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope). No desfecho da operação, o filho de 10 anos e o cunhado do major foram assassinados por ele. Em seguida, Pedro Silva também foi morto durante a intervenção do Bope, que agiu para preservar os demais reféns.