
Wagner dos Santos, de 31 anos, que havia sido preso apontado como principal suspeito da morte do empresário José Roberto Portela, em São Miguel dos Campos, foi solto pela Justiça, após pedido de revogação da prisão feita pela Polícia Civil. Ele foi solto nesta quarta-feira (9) após o surgimento de novas provas.
Segundo as investigações, o crime ocorreu entre o final da noite do dia 02 e madrugada do 03 de abril deste ano. A vítima foi encontrada morta na manhã do dia três, dentro de casa, quando um funcionário foi buscá-lo para levá-lo ao médico.
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De acordo com as investigações, ao chegar na residência, ele encontrou José Roberto caído ao chão, ao redor de poça de sangue, e o pescoço com dois cabos de televisão e ventilador.
A Polícia Civil foi acionada e começou a investigar o caso.
O homem preso foi apontado como principal suspeito porque havia imagens que o mostravam entrando na residência da vítima na noite do dia 02. Com isso, ele foi preso em flagrante e, posteriormente, foi decretada a prisão temporária dele.
O suspeito aguardava o andamento do processo preso na Delegacia Regional de São Miguel dos Campos.
No entanto, ao longo das investigações, a Polícia Civil constatou que o suspeito havia entrado na casa da vítima por volta das 18h27 e saiu do imóvel cinco minutos depois, às 18h32. As autoridades policiais constataram ainda que José Roberto estava vivo após a saída e Wagner de dentro da casa dele.
Isso porque a vítima, de 18h54 até as 19h09, conversou no WhatsApp com a advogada dele sobre assuntos contratuais. Isso fez com que a Polícia Civil reconhecesse que as suspeitas sobre o homem deveriam ser atenuadas e pediu a revogação da prisão.
De acordo com o advogado do suspeito, Rafael Moreira, Wagner disse que, ao entrar na casa da vítima, eles conversaram por pouco período. “Ele pediu um dinheiro, ele [a vítima] entregou e Wagner foi embora”, pontuou o advogado que, em vídeo publicado nas redes sociais, acrescentou:
"O objetivo da defesa foi demonstrar que ele foi afastado da investigação. Teve a parte técnica que demonstrou, nos autos, que, pela dinâmica que foi colocada, seria impossível ele cometer o crime", completou o advogado.
O Ministério Público Estadual concordou com a revogação da prisão e a 4ª Vara Criminal de São Miguel dos Campos acatou determinando a soltura dele.
A investigações continuam para descobrir quem cometeu o crime e a motivação do assassinato.