
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) aguarda o resultado de laudos periciais para concluir a investigação sobre a morte da bebê Ana Beatriz, cujo corpo foi encontrado dentro de um armário na casa da própria mãe, quatro dias após o suposto sequestro informado pela mulher. O caso gerou comoção e mobilizou uma força-tarefa de investigadores.
Em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, nesta quarta-feira (16), os delegados Igor Diego e João Marcello, responsáveis pelo inquérito, informaram que os documentos esperados são: o laudo da perícia feita no local do crime, o laudo psicológico da mãe da criança e o laudo cadavérico da menina.
Leia também
Esses materiais são considerados essenciais para esclarecer as circunstâncias da morte e orientar a tipificação do fato, ou seja, se foi infanticídio ou homicídio.
Nessa terça-feira (15), Eduarda Silva de Oliveira, mãe da bebê Ana Beatriz, confessou à polícia que matou a filha asfixiada com um travesseiro porque a menina não parava de chorar por não dormir a dois dias. O corpo da criança foi encontrado dentro de uma sacola.
Segundo o delegado Igor Diego, a genitora contou uma nova versão, afirmando que teria dado a menina para uma pessoa — uma narrativa que, posteriormente, foi alterada pela própria mulher.
"Primeiro, ela contou outra versão fantasiosa, de que teria dado a criança. Nós nos animamos em saber que ela teria dado a criança, mas viu que a versão não iria se sustentar e resolveu confessar o fato", disse o delegado.
Depois, a mãe apresentou uma segunda versão, afirmando que estava amamentando a criança quando ela engasgou. Eduarda, então, teria tentado reanimá-la, mas sem sucesso.
Por último, a mãe contou que a criança não dormia havia dois dias e chorava bastante, porque estava com a barriga inchada. Ela também reclamou de um som no bar. Com o barulho do bar e a criança que não parava de chorar, ela teria usado um travesseiro e matado a menina asfixiada.
Os laudos, segundo os delegados, serão utilizados para a conclusão do caso e o encaminhamento do inquérito policial ao Judiciário.