
Uma mulher teve o corpo incendiado pelo ex-companheiro na parte alta de Maceió, no último sábado (1). Segundo a Patrulha Maria da Penha, a vítima teve 40% do corpo queimado com combustível ateado pelo suspeito, que está foragido.
O crime aconteceu no último sábado (1º), mas somente no domingo a vítima procurou a UPA da Santa Lúcia em busca de ajuda e foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra.
“A vítima não tinha medida protetiva. Devido as condições dela, não foi possível colher muitos detalhes. A patrulha notificou o caso à Rede de Atenção às Violências para que a vítima recebesse o atendimento da Sala Lilás do HGE”, disse a chefe da Patrulha, major Dayana Queiroz.
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Nos últimos dias, Patrulha Maria da Penha recebeu apenas um caso de descumprimento de medida protetiva, na sexta-feira (28). Uma mulher, moradora do Jacintinho, em Maceió, acionou a equipe ao perceber que estava sendo perseguida pelo ex-companheiro, que acabou preso.
“O agressor se aproximou da vítima e chegou a jogar as chaves da casa dela viaduto abaixo. Ele foi preso em flagrante após a vítima acionar a patrulha por meio do número privativo das assistidas”, explicou a chefe da Patrulha.
As equipes da Patrulha Maria da Penha (PMP) da Polícia Militar tiveram a postos no carnaval para fiscalizar medidas protetivas de urgência instituídas para combater a violência doméstica e familiar, com atendimento até a quarta-feira de Cinzas (5).
De acordo com a chefe da Patrulha, major Dayana Queiroz, o acompanhamento das medidas protetivas já é realizado de maneira permanente, no entanto, foi intensificado nos últimos dias. O descumprimento enseja a prisão em flagrante do agressor.
Ainda segundo a major, a Patrulha Maria da Penha possui uma relação nominal de assistidas que receberam a concessão de medidas protetivas de urgência, oriundas do Poder Judiciário. As unidades da PMP que realizam esse trabalho recobrem a Capital e Região Metropolitana, além dos núcleos descentralizados em Arapiraca, Craíbas, Marechal Deodoro e Penedo.
“Uma das medidas protetivas, a mais comum, é o distanciamento, geralmente de 500 metros entre o agressor e a vítima, mas também existem aquelas que impedem o contato por qualquer meio, seja ele físico, via telefone ou rede social, e até mesmo as que proíbem envio de recados. Nosso papel é acompanhar e manter o contato permanente com estas mulheres, garantindo que continuam em segurança”, acrescentou a major.
Compõem a Rede de Enfrentamento ações direcionadas pelas Secretarias da Mulher e Direitos Humanos, de Segurança Pública, da Saúde e da Assistência Social. Já a Rede de Atenção à Violência (RAV) coordena e converge as atividades da Rede de Atendimento, que contam com a Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, serviços públicos de saúde municipais e estaduais, Centros Especializados de Atendimento à Mulher em Situação de Violência e de diversas secretarias municipais.