A adolescente de 16 anos e o companheiro dela, Fernando Henrique de Andrade, de 25 anos, suspeitos de envolvimento na morte do pequeno Cauã, de 3 anos, de quem eram cuidadores, continuam detidos nesta sexta-feira (29), após o corpo que seria do menino ser localizado em uma região de mata no Benedito Bentes. Ambos devem responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com a delegada Adriana Gusmão, da Delegacia de Crimes contra Criança e o Adolescente e uma das responsáveis pelas investigações, o inquérito ainda continua em andamento e novas diligências devem ser feitas para esclarecer alguns pontos relacionados ao homicídio da criança. A participação de uma terceira pessoa no crime está descartada pela polícia.
Em princípio, o caso foi tratado como sequestro, após relato do casal de cuidadores dando conta de que tinham deixado o menino em um local enquanto olhavam sapatos em uma loja. Ao retornarem, a criança não estaria mais lá.
A história, que foi mantida pelo casal até a descoberta do crime, foi totalmente inventada e a polícia pôde comprovar isso ao analisar câmeras de segurança. Os dois nunca estiveram no local indicado.
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“Houve indício de sequestro, então nós fizemos as oitivas dos cuidadores e partimos para analisar imagens de uma Câmera de Segurança de um estabelecimento comercial. O que vimos não batia com a história que havia sido contada”, afirmou a delegada, ressaltando a participação fundamental da Delegacia Antissequestro e da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC) nas investigações.
Agora, a polícia investiga as ameaças que teriam sido sofridas pela mãe do menino para que não insistisse em procurar a criança. Ela teria procurado a imprensa e a polícia na tentativa de encontrar o filho.
“Ela chegou a ser ameaçada pelo próprio cuidador e estamos investigando esse fato. Ele deve responder por ocultação de cadáver e pelo crime de homicídio”, pontuou Adriana.
Os restos mortais de Cauã estão sendo analisados por peritos do Instituto Médico Legal (IML). Ele estava sumido desde 18 de abril.
Ao ter a trama descoberta, Fernando Henrique de Andrade, um dos acusados, alegou que, no dia do fato, o menino estava “aperreando” em casa e, por isso, o agrediu com tapas. O jovem disse que a criança caiu, bateu a cabeça na parede e começou a ter convulsões, vindo a falecer. Foi quando teve a ideia de jogar o corpo de um matagal. Ele contou que a adolescente que é companheira dele teria conhecimento, mas negou participação dela no crime.