Aumentando a pressão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai aplicar uma nova taxa contra o Brasil. A informação foi divulgada pelo líder norte-americano nesta terça-feira (9/7).
Trump x Brics
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No início de 2025, Trump já havia feito ameaças contra os Brics — o que inclui o Brasil.
Na ocasião, o presidente norte-americano ameaçou aplicar taxas de 100% aos países membros do bloco que não se curvassem aos “interesses comerciais dos EUA”.
Há alguns anos, os países membros dos Brics discutem a criação de uma moeda comum para negociações, como uma alternativa ao dólar no comércio internacional.
De acordo com o presidente dos EUA, as tarifas devem ser anunciadas entre a tarde desta terça e a manhã de quarta-feira (10/7). A declaração aconteceu durante reunião com líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal na Casa Branca.
“O Brasil não tem sido bom para nós. Nada bom, aliás. Vamos divulgar um número para o Brasil no final da tarde ou amanhã de manhã”, disse Trump ao ser questionado sobre novas taxas norte-americanas.
Veja o momento:
O presidente dos EUA não deixou claro quais setores brasileiros podem ser atingidos pelas novas medidas, ou se as mesmas serão uma continuidade do tarifaço de abril, quando as importações do Brasil foram taxadas em 20%.
Um dia antes, Trump já tinha confirmado taxas extras de 10% para todos os países do Brics, ou nações que se aproximassem do bloco de economias emergentes. Nas palavras do mandatário norte-americano, o grupo foi “criado para desvalorizar” o dólar, portanto, é uma ameaça direta aos interesses dos EUA.
Defesa de Jair Bolsonaro
Enquanto ameaça taxar os Brics e o Brasil, Trump também saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Em uma publicação na rede social Truth, o líder norte-americano afirmou que Bolsonaro “não é culpado de nada”, e classificou o ex-presidente como vítima de uma “caça às bruxas”.
A defesa ao ex-presidente brasileiro foi reforçada pela embaixada dos EUA no Brasil, por meio de nota encaminhada à imprensa. O que provocou a convocação do encarregado de negócios da representação norte-americana pelo Itamaraty para conversas.
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