Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > MUNDO

Trabalhadores protestam na maior fábrica de iPhones na China

Protestos violentos por melhores salários e condições de vida acontecem na maior fábrica de iPhones do mundo, de propriedade da taiwanesa Foxconn, no centro da China, com confrontos entre funcionários e agentes de seguranças.

Vídeos postados nas redes sociais Weibo e Twitter mostraram trabalhadores protestando em plena luz do dia em Zhengzhou, com alguns entrando em confronto com a polícia de choque e pessoas em trajes de proteção. A Foxconn confirmou os distúrbios nesta quarta-feira (23).

Leia também

Imagens compartilhadas com a AFP e captadas por um operário da fábrica mostram uma pessoa inerte no chão ao lado de um homem com um casaco manchado de sangue e que tinha a cabeça atada, num aparente esforço para tratar uma ferida.

Em outro vídeo, dezenas de pessoas vestidas com trajes de proteção são vistas empunhando cassetetes e perseguindo os funcionários, um dos quais é derrubado no chão antes de parecer levar um chute na cabeça.

O trabalhador que compartilhou os vídeos estimou que cerca de 20 pessoas ficaram feridas nos confrontos e algumas foram levadas ao hospital. Ele pediu anonimato para proteger sua segurança.

Os confrontos começaram depois que os funcionários que assinaram um acordo com a fábrica para trabalhar pelo menos 30 dias em troca de um pagamento único de 3.000 yuans (420 dólares) de repente viram o número cair para apenas 30 yuans, disse ele à AFP.

Muitos trabalhadores também ficaram indignados com as condições de vida "caóticas", contou, acrescentando que "não recebia comida" da empresa desde terça-feira.

Alguns funcionários que testaram negativo para covid-19 receberam ordens de trabalhar ao lado de colegas que testaram positivo e não foram colocados em quarentena, denunciou o trabalhador.

A Foxconn explicou que os trabalhadores reclamam de salários e condições na fábrica, mas negou que tenha obrigado os novos funcionários a trabalhar ao lado de empregados contaminados com covid-19.

"Em relação à violência, a empresa continuará se comunicando com os funcionários e o governo para evitar a repetição de incidentes semelhantes", disse a gigante da tecnologia taiwanesa em nota.

A política de "zero covid" da China causa exaustão e ressentimento entre amplas faixas da população, com confinamentos de semanas em fábricas e universidades e a proibição de viajar livremente.

Um vídeo gravado à noite mostrava um homem com o rosto ensanguentado enquanto alguém fora da câmera dizia: "Eles estão batendo nas pessoas, batendo nas pessoas. Sabem disso?"

Outro vídeo filmado no mesmo local mostra dezenas de trabalhadores enfrentando policiais gritando "Vamos defender nossos direitos!", enquanto outra voz fala em "bombas de fumaça" e "gás lacrimogêneo".

A hashtag do Weibo "Distúrbios na Foxconn" parece ter sido censurada ao meio-dia desta quarta-feira, embora algumas postagens referentes a esses protestos tenham permanecido online.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas