
A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) compartilhou em seu perfil oficial no Instagram cenas da tentativa de içamento do corpo da brasileira Juliana Marins, encontrada morta nesta terça-feira (24), após 4 dias de buscas.
Em um dos stories havia a seguinte legenda:
Leia também
“Fazer trilha até o Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo. Tenha respeito e conheça seus limites. Quando acontecer um acidente, não culpe os socorristas sem entender o que eles passam.”
Não foi uma publicação original do @sar_nasional, mas um “repost” do @swarataufik. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia se esse usuário era socorrista nem se fazia parte da equipe no Monte Rinjani.
Brasileiros estão deixando nos perfis de órgãos e autoridades indonésias comentários e críticas sobre o resgate malsucedido de Juliana.
“Juliana caiu a 300 metros e estava viva! Vocês a deixaram por 4 dias sem socorro! Esperaram fumando e sentados, como vimos em diversos vídeos enquanto ela morria!”, diz uma.
“Não vão a países que não se preocupam com a vida de seus visitantes (...), a obrigação é ter um plano de resgate, tem drones que carregam até 25quilos, inadmissível lucrarem e não terem o mínimo de respeito aos seus visitantes!”, falou outra.
“Quatro dias! Uma negligência absurda por parte das autoridades da Indonésia. O Brasil tem muitos problemas, mas jamais veríamos esse nível de descaso com uma vida humana. Aqui, uma operação de resgate teria começado no mesmo dia. É inadmissível que em pleno 2025, com toda a tecnologia e informação disponível, a resposta de um país com tanto turismo internacional seja tão lenta, fria e desumana”, pontuou mais uma.
Içamento
A operação da remoção começou por volta do meio-dia desta quarta-feira (25) no fuso local, início da madrugada no Rio de Janeiro. Três equipes de resgate participaram da ação. Dois dos que foram até o local são do chamado esquadrão Rinjani.
Segundo o governo da Indonésia, um socorrista voluntário, Hafiz Hasadi, conseguiu chegar a uma profundidade de 600 metros, e a vítima foi encontrada sem sinal de vida.
Sete pessoas estão acampadas em dois pontos: 3 delas, a 400 metros, e outras 4, a 600 metros de profundidade.
Segundo as autoridades da equipe Assistência de Busca e Salvamento em acidentes e desastres, o resgate começou pela manhã devido ao clima desfavorável e à visibilidade muito limitada.
O corpo será levado ao posto de Sembalun em uma maca. Em seguida, será levado em uma aeronave até o hospital Bayangkara.