
Quase meio século após ser condenado à morte, Richard Jordan, de 79 anos, foi executado nessa quarta-feira (25/6) no estado do Mississippi, sul dos Estados Unidos. A execução, por injeção letal, marca o fim de uma das mais longas esperas no corredor da morte da história americana.
Jordan foi condenado pelo sequestro e assassinato de Edwina Marter, em 1976. A vítima, de 34 anos, era esposa de um executivo bancário. O caso passou por múltiplos recursos e revisões ao longo das décadas, mas a pena de morte foi mantida.
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Essa foi a primeira execução realizada no Mississippi desde 2022 e a segunda nos Estados Unidos apenas nesta semana. Nessa terça-feira (24/6), Thomas Gudinas, de 51 anos, foi executado na Flórida. Ao todo, 24 execuções já foram realizadas no país em 2025.
A maioria escolhe injeção letal
A maioria das sentenças foi cumprida por injeção letal. No entanto, outras formas de execução vêm sendo utilizadas: três condenados foram mortos por inalação de nitrogênio, método estreado no Alabama em 2024 e classificado por especialistas da ONU como uma forma de “tortura”.
Também houve dois casos de fuzilamento, ocorridos na Carolina do Sul, onde o método foi reintroduzido após mais de uma década.
Atualmente, 23 dos 50 estados americanos aboliram a pena de morte. Outros três — Califórnia, Oregon e Pensilvânia — mantêm uma moratória, o que significa que, embora a pena ainda esteja prevista em lei, as execuções estão suspensas por decisão dos respectivos governos.
A execução de Jordan traz à tona a retórica sobre a pena de morte nos Estados Unidos, especialmente diante de casos com condenações antigas e questionamentos sobre métodos utilizados.