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Bin Laden deixou quantia milionária para a 'guerra santa', em testamento

Em carta, fundador da al-Qaeda pede desculpas ao pai por possíveis desgostos

Poucos dias antes de ser morto pelas forças especiais no Paquistão em 2011, Osama Bin Laden tinha planos ambiciosos para os próximos meses: uma nova onda de ataques aos Estados Unidos e uma campanha de vídeos de propaganda. É o que revela documentos divulgados por autoridades americanas nesta terça-feira, mostrando também que o fundador da al-Qaeda queria que parte de sua fortuna de US$ 29 milhões que estava no Sudão fosse usada para continuar a financiar a jihad global. Em uma das cartas aparece ainda um Bin Laden melancólico, que pede desculpas ao pai e pede perdão por qualquer ação que ele possa não ter gostado.

"Meu querido pai: te confio minha mulher e filho, e que sempre cuide deles, os ajude em seus caminhos, casamentos e necessidades", pediu o terrorista em um dos 113 documentos apreendidos pelos militares americanos.

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Um deles é uma nota manuscrita que determina como o extremista saudita queria distribuir o dinheiro. Cerca de 1% do montante, escreveu Bin Laden, deveria ser destinado a Mahfouz Ould al-Walid, veterano da al-Qaeda que usava o pseudônimo Abu Hafs al Mauritani.

"Por sinal, ele já recebeu entre US$ 20 mil e 30 mil disso", escreveu Bin Laden sobre al-Walid. "Prometi a ele que iria recompensá-lo se ele tirasse o dinheiro do governo sudanês."

Outro 1% deveria ser dado a um segundo associado, o engenheiro Abu Ibrahim al-Iraqi Sa'ad, em recompensa pela sua ajuda em criar a primeira empresa de Bin Laden no Sudão. Ele viveu no país durante cinco anos como convidado oficial, até que o então governo fundamentalista islâmico, sob pressão dos EUA, pediu que o militante deixasse o país em maio de 1996.

Sobre o dinheiro destinado a familiares, Bin Laden expressou seu desejo de que continuassem a financiar o que chamava de guerra santa. Ele ainda destinou umas das suas cartas a um pedido de orações pela sua alma.

"Espero que meus irmãos, minhas irmãs e minhas tias maternas obedeçam meu desejo e gastem todo o dinheiro que me sobrou no Sudão na jihad, em nome de Alá", escreveu. "Se conseguirem me matar, orem muito por mim e deem muito dinheiro a organizações de caridade em meu nome, pois precisarei de muito apoio para chegar ao meu lar eterno".

Os documentos também mostram ainda que Bin Laden e seus assessores planejavam uma campanha para celebrar o décimo aniversário dos atentados a Nova York e Washington em 11 de setembro de 2001. Junto com outros militantes, ele defendeu que novos ataques ambiciosos fossem realizados no território norte-americano.

Em uma carta à comunidade islâmica, aparentemente escrita em 2010, ele ainda ridicularizou o presidente americano Barack Obama por não ter conseguido pôr fim à guerra no Afeganistão - além de prever o futuro fracasso do governo americano em terminar os conflitos entre israelenses e palestinos.

"Acreditaram que a guerra seria fácil e que cumpririam a tarefa em poucos dias ou semanas. Não estavam preparados economicamente para isso e não tem apoio popular para uma guerra que dure uma década ou mais. Os filhos do islã resistiram e impediram que eles cumprissem seus planos e objetivos", escreveu.

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