Imagens divulgadas pelo canal "Ewerton Drone MCZ" no YouTube mostram que peixes foram encontrados mortos na Lagoa Mundaú, próxima à região das Minas 18 e 27. O mesmo canal havia informado, em setembro, que manchas apareceram na região da Mina 18. Segundo imagens recentes, essas manchas aumentaram.
O vídeo foi publicado nessa quinta-feira (31) e chamou a atenção das autoridades, que se prontificaram a ir até o local para a coleta de amostras. Em nota, a Defesa Civil de Maceió informou que técnicos já estiveram no local na manhã desta sexta-feira (1), acompanhados por uma equipe da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O órgão salientou que não houve movimentação atípica registrada pelos equipamentos de monitoramento.
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A Defesa Civil também informou que enviou um ofício para o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), solicitando informações sobre o caso e a coleta de material para posterior análise.
O professor Emerson Soares, do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal, informou que as equipes foram ao local, mas não encontraram peixes mortos. No entanto, a coleta de amostras de água foi realizada. “Não foi encontrado nenhum peixe ou organismo morto na área de coleta. Mas as amostras de água estão sendo processadas em três laboratórios para averiguarmos a presença de metais pesados, parâmetros físico-químicos e condições de poluentes emergentes, como agroquímicos e fertilizantes, entre outros compostos, a fim de verificar se há alguma alteração na água que indique contaminação ou que possa ter levado à morte de alguns animais”, informou.
Ainda não há informações sobre quando os resultados das análises devem ser divulgados. Em setembro, manchas foram identificadas na Mina 18, e o IMA e a Ufal realizaram coletas na ocasião, mas os resultados não foram apresentados.
A Defesa Civil também se posicionou na ocasião, negando que as manchas sejam de solução ou corpo estranho, ressaltando que os equipamentos de monitoramento não registraram nenhuma movimentação na região da Mina 18 e que, por isso, não há necessidade de alerta.
A Mina 18 da Braskem, localizada no bairro do Mutange, sofreu um colapso no dia 10 de dezembro do ano passado, às 13h15. A situação está relacionada ao afundamento do solo que atinge cinco bairros da capital alagoana. Já a Mina 27 fica situada na região onde funcionava o antigo Hospital Psiquiátrico José Lopes, entre os bairros de Bebedouro e Bom Parto. Ela, inclusive, teve seus trabalhos de preenchimento paralisados após a detecção de um desnível no solo na área. O local está sendo monitorado.