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Pacientes denunciam espera de mais de 6 horas por atendimento em UPAs

Usuários reclamam e fazem filas em diversas Unidades de Pronto Atendimento da capital alagoana

Não são só os casos de Covid-19 que têm lotado as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Maceió. Atualmente, a grande maioria dos casos nestas unidades tem sido de dengue e chikungunya. A demora e a qualidade no atendimento são motivos de reclamação dos usuários, que chegam a esperar mais de 6 horas para serem atendidos.

A Gazeta de Alagoas esteve nas unidades do Jaraguá e Trapiche da Barra, na manhã de ontem e conversou com alguns usuários que estavam à espera de atendimento.

O estudante Rafael Gomes, de 16 anos, se queixa de dores no corpo e na cabeça, além de apresentar manchas pelo corpo. Ele já espera há mais de duas horas por atendimento.

“Vim aqui porque não aguentava mais sentir dor, mas aqui está pior por causa da demora no atendimento. Todo mundo está reclamando e não podemos fazer nada”, disse.


				
					Pacientes denunciam espera de mais de 6 horas por atendimento em UPAs
Tatianne Brandão

Dona Zenalva Lima estava acompanhando a filha que está com suspeita de chikungunya. Devido aos protocolos, ela teve que esperar do lado de fora. “Minha filha estava passando mal, até vomitou aqui fora. Agora está lá dentro esperando passar pela triagem e eu não sei quanto tempo mais vamos ficar por aqui”.

No final de semana, o fiscal Gustavo Oliveira esteve na Upa do Jaraguá com fortes dores e manchas na pele. Ele conta que chegou à unidade por volta das 10h da manhã e saiu de lá às 16h30, sem receber atendimento.

“Eu não aguentei esperar, estava morrendo de dor e acabei voltando para casa. Como os sintomas eram de dengue, me tratei tomando muito líquido e remédio para dor. Mas o atendimento mesmo eu não recebi, o atendimento da UPA é péssimo, esperei mais de 6 horas”, relata.

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que o número de atendimentos a pacientes com sintomas gripais e suspeitas de arboviroses aumentou significativamente em todas as unidades de saúde da capital e do interior do Estado. Esclareceu, ainda, que os médicos atendem seguindo o fluxo de gravidade determinado na classificação de risco e/ou triagem com enfermagem.

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Família registrou Boletim de Ocorrência

A Gazeta recebeu uma denúncia de negligência médica ocorrida na UPA do Tabuleiro do Martins, ocorrida no dia 31 de maio passado. Segundo Alda Deolinda, o irmão dela, Aldo Deolinda, de 57 anos, deu entrada na unidade após cair de uma escada e não ter recebido os cuidados necessários.

Ela contou que o irmão caiu de uma altura de 41cm, quando bateu, violentamente, a cabeça no chão. Conforme relato dela, uma unidade do Serviço de Inteligência Móvel de Urgência (Samu) foi acionada após a queda e encaminhou a vítima para a UPA.

“Meu irmão estava bebendo e caiu de uma altura de 41cm, na escada de casa. Ele ficou desacordado o tempo todo desde a queda, minha cunhada e os vizinhos tentaram reanimá-lo, mas não obtiveram sucesso. Por volta das 23h, eu consegui chamar o Samu e levaram ele pra UPA. Quando a gente chegou lá, eu tive que passar pela triagem e meu irmão pegou a pulseira verde, mas como não tinha muita gente, ele foi chamado com 15 minutos. Após o atendimento, o médico colocou ele na triagem e deu apenas soro, porque dizia que meu irmão estava com sono”, expôs. Mesmo desacordado e sem esboçar nenhuma reação, Aldo Deolinda ficou em uma cadeira e não realizou nenhum tipo de exame, de acordo com os familiares.

“No outro dia que fui lá, meu irmão estava na mesma cadeira, do mesmo jeito que deixei, sem camisa, no ar condicionado, desacordado, praticamente morto. Foi quando a médica do plantão do outro dia fez o atendimento e intubou meu irmão, 10 horas depois da entrada dele na UPA”.

Depois de ser intubado, Aldo foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou sete dias internado, antes de morrer, no dia 8 de junho. A causa apontada no laudo do óbito foi traumatismo craniano.

“Se ele tivesse sido atendido na hora, como deveria, ele poderia ter sobrevivido. O médico do HGE disse que ele poderia ter algumas sequelas, mas estaria vivo”, ressalta a irmã.

Diante do descaso, a família registrou o caso na polícia, do que eles classificam como negligência médica.

“Fizemos o Boletim de Ocorrência (B.O) porque isso não pode ficar assim. Fui na UPA solicitar o prontuário do meu irmão, mas a direção se negou a dar. Pediram vários documentos, que eu vou providenciar e levar para eles. Isso não traz meu irmão de volta, mas o que eles fizeram foi uma negligência muito grande”, finalizou.

Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), responsável pela gestão da UPA Galba Novaes de Castro, esclareceu que paciente foi admitido às 00h11mm do dia 31 de maio, depois de ter sofrido uma queda do terceiro degrau de uma escada, conforme relato

Segundo a nota, após receber os primeiros atendimentos da equipe multidisciplinar, seguindo o protocolo clínico para atendimento de urgência, o paciente foi estabilizado e devido ao quadro clínico foi submetido a intubação orotraqueal e estabilizado para ter condições de remoção, sendo encaminhado em menos de 24 horas para o Hospital Geral do Estado (HGE), unidade especializada no atendimento a usuários politraumatizados e que necessitam de assistência de emergência.

“Salientamos que UPA Galba Novaes de Castro faz parte da Rede de Atenção às Urgências, dessa forma, atua como primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica e de trauma, estabilizando os pacientes e referenciando-os para atendimento em hospital especializado, o que foi realizado no atendimento ao paciente citado”, destaca a nota.

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